A onda de frio não rotineira que atingiu o Brasil neste 2022 além do normal, inclusive em regiões desacostumadas a baixas temperaturas, foi desafiadora além da conta para todos, mas com certeza fez aflorar nossas mazelas sociais. Com uma situação acachapante vivida na pandemia, as dificuldades geradas neste período ficam escancaradas ainda mais nestes momentos.
Em cidades maiores, moradores de rua vieram a óbito. Em Uberaba, várias campanhas aqueceram nossos necessitados.
Este calor humano precisa ser estendido para todas as áreas e atividades do cotidiano. O lema rotário “DAR DE SI, ANTES DE PENSAR EM SI” nunca foi tão atual e necessário.
A sociedade cobra de uns mais que de outros, e quase nada de alguns. Paradoxo estranho, mas real.
O jogo da política se intensifica e os atores vão entendendo que o tapete puxado ontem não vira tapete voador; ele apenas é guardado para ser puxado para o esperto que puxara antes. O jogo político é bruto e isto faz o eleitor muitas vezes apenas ter o dever de escolher e ou legitimar o escolhido ou legitimado antes. Ainda assim, é melhor este que qualquer outro jogo. Votar é sério e necessário.
No campo da Economia, Davos chega trazendo pessimismo para todos os países, crescimento econômico mundial pífio, inflação e juros estratosféricos, o motor chinês falhando, guerras insanas; são ingredientes prontos para a catástrofe. Os 47 nomes que opinam neste relatório, afiliados ao Fórum Econômico Mundial ligados ao evento, três brasileiros entre eles; brasileiros ligados a grandes conglomerados financeiros, deixam o sinal de alerta para as nações. Previsões para dificuldades até 2025 servem de bússola para novas alternativas e atitudes para reverter o quadro. O cenário é para todos os países, mas, como vivemos aqui, esperamos melhores práticas e posturas dos nossos gestores públicos nas diversas esferas de poder. Momentos extremos requerem atitudes inovadoras.
Antes de encerrar este artigo, preciso neste espaço referenciar e reverenciar a memória de uma querida e dócil amiga falecida no dia 10/05/2022, Ani de Souza Arantes Santos, a Ani da ALTM, das artes, e de fato a Ani Iná. Uma das pessoas mais afáveis, queridas e verdadeiras com quem convivi. “AniIná” de eventos, de lealdade, sorriso fácil, dos momentos marcantes da gestão da Terezinha Hueb de Menezes, a Ani que eu e minha família aprendemos a admirar pelos gestos benévolos e leais. Ani, você fará muita falta. O luto oficial decretado não era o que queríamos, mas a Ani da Iná e Iná da Ani. Assim reservarei você em minha memória. Ani, você já está com Deus! E Ele sorvendo sua alegria eterna.
Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com