A importância do preparo e do equilíbrio para lidar com situações inusitadas é algo que fica claro no nosso cotidiano. No último dia 27/04/2024, por ocasião da abertura da 89ª ExpoZebu, esta situação restou clara. Numa solenidade abarrotada de lideranças políticas locais, regionais e nacionais, do Executivo e do Legislativo, foi fácil perceber o jogo de cintura do atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Todos, sem exceção, que discursaram antes e depois dele, foram unânimes em críticas ao governo federal; uns mais, outros também, todos com mesuras e diplomacias, porém externando desagrado com a política nacional para o Agro, notadamente a insegurança no campo. O ministro, ao fazer o uso da palavra, com jeito aqui, uma derrapada ali, citou por quatro ou cinco vezes o nome do presidente, sem sofrer qualquer constrangimento por mínimo que fosse. Esta colocação está feita aqui sem caráter ideológico, apenas pela surpreendente postura do ministro. O fato inclusive foi destaque na imprensa local.
Por outro lado, a fala contundente do deputado federal Pedro Lupion, em defesa do setor, e a forte manifestação da importância da bancada ruralista, com mais de 300 deputados, fizeram-me sentir uma ponta de inveja com relação à Engenharia no seu todo (concepção, projeto, planejamento e execução de obras pelo país). A Engenharia se faz presente em tudo, inclusive para o setor e o evento, e quisera tivesse a força e a obstinação do Agro. Por muito tempo, ambas foram os motores do crescimento sustentável do país. Crises, mazelas de poucos, que prejudicaram milhões de profissionais e empresas, fizeram o setor rapidamente se esfacelar. A hora é de união e trabalho junto ao próprio Congresso, para que voltem as condições mínimas para o setor. Não somos apenas MCMV (Minha Casa Minha Vida).
A Engenharia deveria espelhar-se no exemplo da classe ruralista e começar a eleger também seus representantes nos municípios, estados e federação.
Este comentário também não traz vinculação partidária no seu bojo, mas admiração e constatação da importância da boa política. As lições precisam ser aprendidas e praticadas.
Por outro lado, o alfabeto passou por aqui do A ao Z e restou em aberto o X da questão.
O Mundo continua mundo, imundo. E agora precisa ser solidário.
Por aqui, notícias empresariais causam agitos no ambiente e bastidores da política eleitoral. Está difícil conviver ao vivo, mas nas redes sociais... impossível.
A situação do momento na terrinha clama por esclarecimentos rápidos; o inferno e o paraíso caminham lado a lado, e o profano busca o bem enquanto o sagrado atua pelo mal. Não entenderam? Nem eu... Creio que teremos que acompanhar tudo mais de perto. Preferia ficar só com os produtos da Elma Chips.
E, além de estarmos há trinta anos sem o ídolo do automobilismo e corintiano de devoção Airton Senna da Silva, sofremos à distância com as chuvas que castigam o Rio Grande do Sul e, em menor escala, Santa Catarina e Paraná. Não sei a extensão desses efeitos climatológicos, mas que estamos passando cada vez mais, de maneira mais intensa, em tempo reduzido, por eventos e intempéries destruidores, creio que está posto. O Rio Grande do Sul vive cenário de guerra.
O Brasil pode ajudar neste processo? Sinceramente, espero.
Mas neste mundo imundo, as águas continuam rolando maio adentro.
Salve a ABCZ e a ExpoZebu, que nos colocam no mapa-múndi.
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Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com