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Candidato ou Avatar?

Karim Abud Mauad
Publicado em 14/10/2020 às 19:37Atualizado em 18/12/2022 às 10:18
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Neste outubro, pós o Dia da Padroeira do Brasil e o Dia da Criança, e até o Dia dos Professores, em 15/10, portanto, um mês antes do primeiro turno das eleições municipais, com certeza teremos a largada definitiva das candidaturas para vereador e Executivo. Até aqui muito pouco foi apresentado aos eleitores. Na sua grande maioria, os candidatos mais se agrediram do que propuseram algo de fato concreto para a cidade e seus munícipes.

O debate dos prefeitáveis na Band foi um show de horrores. O da Aciu, mais civilizado, até pelo formato. A Adesg  iniciou a apresentação de propostas pelos candidatos, no último dia 13, e se encerrou  no dia 14, com confirmação de sete postulantes.  

Até aqui muito pouco foi de fato falado sobre Educação, Saúde, Segurança Pública, Geração de Emprego e Renda, Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Sustentável, principalmente, olhando para o Orçamento municipal, sua efetiva execução e principalmente o grau de endividamento de Uberaba, no nosso caso específico. Temos outras áreas de enfoque, mas este seria o mínimo a ser apresentado, já com um terço da campanha em curso.

Por outro lado, para o Legislativo municipal, muita quantidade e pouca qualidade, parece que parcela considerável dos candidatos desconhece a real função que irá ou deveria desempenhar se eleito for. Vimos mais incoerências que consistências. O eleitor anda questionando o aumento das cadeiras de 14 para 21, e o custo delas. Este é um problema; aliás, o custo do Legislativo no Brasil, comparado com países como Inglaterra e Estados Unidos, economias mais pujantes, é um fardo para a Nação, como bem apontado pelo jornalista Heitor Átila, meu companheiro de Rotary, em palestra para seus pares. Recomendo quem puder assistir, que o faça, são 40 minutos enriquecedores. O problema de fato, além desta relação benefício/custo não percebida, está na falta do cumprimento das suas reais funções pelos nobres edis. Torço por uma renovação qualitativa, já que quantitativa ocorrerá automaticamente. 

Um outro problema que percebo, neste novo normal de muito home office, é a quantidade de cabo eleitoral virtual, repetidor de propaganda do seu candidato, disseminando em sua grande maioria Fake News, justificando eventuais erros dos seus, com eventuais erros dos outros, como se dois (2) erros, fizessem um (1) acerto.  Repito, muito pouco se propõe e muito se agride ou grita. Se pudesse sugerir ao leitor eleitor, diria para pesquisar três (3) nomes entre os candidatos a prefeito, que são onze (11), e pesquisar a fundo sua história de vida e realizações em prol da cidade/coletividade, e aí definir sua escolha. O mesmo se aplica à Câmara de Vereadores, temos teoricamente quase 500 opções, repita o processo sugerido. Apenas peço cuidado para tópicos da pesquisa, pois parentesco, religião, time de futebol, esquerda ou direita (coisa mais sem nexo hoje em dia), lembrança de datas comemorativas e assemelhadas, não fará de ninguém um bom prefeito ou vereador. Por isto, é sempre bom lembrar, não delegue sua escolha, busque informação verdadeira para tomar sua decisão. Os professores sabem que no seu dia, todos receberão mensagens, valorizando sua profissão, depois!!! Bora buscar o melhor para a cidade e cuidado com avatares.

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