Após idas e vindas, finalmente, foi aprovada em dois turnos a reforma da Previdência
Após idas e vindas, finalmente, foi aprovada em dois turnos a reforma da Previdência. Esperamos que este momento tão ansiado pela equipe econômica ajude a destravar o nó de nossas incertezas. A perspectiva de melhoria nas contas públicas pode estimular novos entrantes globais nesta seara e ajudar as empresas instaladas aqui a se animarem com projetos engavetados. Pode o sacrifício imposto a grande parte dos brasileiros ajudar no aquecimento interno. A incerteza ainda é grande, pois o cenário externo é sombrio e a forte recessão interna dos últimos anos afeta a massa trabalhadora e, consequentemente, o consumo de todos. Pior, ainda faltam várias reformas, mas a tributária, a administrativa e até a política são fundamentais. Reduzir carga tributária, simplificar a cobrança de tributos, desengessar a relação dos entes com seu funcionalismo são importantes, mas unificar eleições, diminuir partidos e o número de representantes em todos os níveis e esferas de Poder seriam essenciais.
A equipe econômica ou a área do governo que melhor se coloca para o país tem alguns desafios imediatos, já que o prato principal do cardápio no ano foi vencido, que era não ficar refém apenas da reforma previdenciária. Devemos soltar as amarras da economia e afastar fantasmas recentes ocorridos na França, Chile e Argentina. Temos que efetivamente reformar toda a matriz econômica, lembrando que, desde 1500, nosso viés cultural de alavancagem é via governo. Os exemplos recentes em várias áreas demonstram infelizmente a fragilidade do setor privado nacional. Para ajudar, independente da entrada em vigor do Cadastro Positivo, chegou o momento de agirmos de forma eficaz e reduzirmos as taxas e “spreads” bancários para o tomador do giro. Com a Selic no atual patamar de 5,50% a.a, com tendência de redução até o final de 2019; inflação esperada próxima a 3,45% a.a, trazendo a taxa de juros real ou efetiva a valores nominais muito pequenos (próximo a 1% a.a), nada justificando os juros praticados pelo mercado entre 12% e 18% a.a, para poucos privilegiados. Se falarmos em cheque especial e cartão de crédito, aí fica imoral e impublicável. A mão visível do estado deveria atuar nesta vertente; além de equalizar as contas públicas para minimizar a rolagem da dívida e liberar os agentes financeiros para aportarem crédito e irrigar a produção de bens e serviços.
Na outra ponta, o Supremo Tribunal Federal (STF) continua o show de horrores rediscutindo um assunto pela terceira ou quarta vez que é a prisão ou não em segunda instância. Tamanha discórdia, e trata-se de um assunto constitucional. Seria cômico se não fosse trágico. Lastimável. Voltamos pelo exemplo, à famosa insegurança jurídica tão propalada pelo país e pelo mundo. E ainda acirra o ânimo entre as torcidas à esquerda e à direita, dificultando tudo para nós brasileiros. Ironia! Tiram o foco das outras questões vitais ao Brasil, restando ao Congresso Nacional o papel de mediador do processo em curso. Alerta! Nossos problemas não são apenas políticos.
No mais, a mancha de óleo nas praias nordestinas, apesar do desastre ambiental parece não ter tido da banca internacional o peso das queimadas da Amazônia, deixando a rinha só para o público doméstico. Origem ainda desconhecida, leva a especulações de cor, vermelha ou azul? O País fica sem uma resposta adequada até o momento. O triste são os danos gerados ao meio ambiente, e também a aflição aos ofertantes e demandantes das economias envolvidas. Um retrato cruel de um gigante adormecido chamado Brasil.
Resta-nos torcer para que chineses, japoneses e árabes continuem a comercializar com o país, após as viagens do Presidente Bolsonaro. Que tenhamos frutos bons, apesar de semeadura tão infértil. O país precisa de Paz, Harmonia entre Poderes e cidadãos, bem como Desenvolvimento Sustentável. E chega de Caneta Azul. E que não apareça Caneta Vermelha!!! Afinal, não somos hienas...