O Outubro Rosa chegando e com ele a consciência da necessidade de autoexame pelas mulheres. Nestes últimos anos tem-se procurado demonstrar a necessidade de se cuidar contra este mal terrível, antecipando suas consequências.
Isso acontece também com o próximo Novembro Azul, aconteceu com o Setembro Amarelo e assim tenta-se alertar a população para os males que a afligem.
Nos últimos tempos a mesma consciência vem sendo estimulada no combate à Aids e também na tentativa de acabar com a dengue e agora a zika e a chicungunha.
Em síntese vemos um Brasil tentando despertar para a prevenção, evitando causar sofrimento ao cidadão e reduzir, com isso, o custo da Saúde, visando a otimizar nossos poucos recursos, principalmente em tempos de recessão econômica. Em curso a PEC que visa controlar os gastos públicos para os próximos vinte anos, buscando nosso equilíbrio orçamentário, combate à inflação e redução de juros. Pode-se evoluir nesta discussão e aprimorar pontos aqui e acolá, não podemos fugir do tema, “empurrar com a barriga”, varrer a poeira para debaixo do tapete. Precisa-se de um cidadão informado nesta área assim como está sendo trabalhado na prevenção das doenças.
Nestes tempos difíceis temos buscado entender o comportamento do cidadão, e dentro do que falei aqui a dengue é um bom exemplo. Acredito ser difícil achar um brasileiro nos últimos 15 anos que não tenha sido orientado por rádio, TV, jornal, mídia social, posto de saúde, campanha da sociedade civil sobre o que fazer para a prevenção desta doença que leva a óbito. Entra ano, sai ano, e as coisas se repetem e a epidemia volta e o poder público reclama e muitas vezes também não atua como deveria, mas o fato concreto é que o cidadão continua não fazendo a sua parte. É para se pensar, avaliar e quem sabe rever o formato do como agir.
Este, para mim, é o pont até onde nossa gente age por descuido, displicência, preguiça, eventualmente desconhecimento, transferindo para o outro o seu dever de fazer. Um amigo me dizia outro dia a diferença de comportamento pós-tragédias, entre brasileiros e japoneses. Nós nos descabelamos, choramos, culpamos alguém, enquanto eles ficam em silêncio, resignados, agindo para resolver a situação. O comentário veio pós o Tsunami que atingiu aquele país oriental. Este comportamento ocorreu frente às câmeras de TV. Nosso comportamento e a cobertura da mídia seriam muito diferentes. Aqui não precisamos lembrar a postura deles na Copa do Mundo de 2014, recolhendo seu lixo nos estádios e o cuidado que têm com a manutenção de suas escolas, naquele país. Temos muito a refletir e a evoluir.
Falo disto e poderia transportar este jeito para tudo na nossa vida, inclusive para o processo eleitoral. Reclamamos de tudo, mas a questão é a seguinte: o que fazemos na hora de exercer nosso direito cidadão de votar? Espero que você leitor esteja satisfeito com sua opção, qualquer que seja ela. Afinal, somos senhores de nossas responsabilidades. Salve a democracia, mesmo que imperfeita!
Finalizo, pedindo à nossa Padroeira: rogai por nós, que sempre recorremos a vós, principalmente olhando para nossas crianças, já que sua comemoração é coincidente.
Karim Abud Mauad