Os últimos tempos têm nos deixado perplexos. Assuntos dos mais diversos, e em todas as áreas, mudam de perspectiva muito rapidamente. Os fatos vão acontecendo num desdobrar alucinante e aparentemente sem nexo.
O encontro do secretário de Estado americano, Marco Rubio, com a equipe brasileira de negociadores, após telefonemas de minutos entre Trump e Lula, estava no radar de quem, no início do tarifaço? E os barrados na entrada novamente, quem diria?
O aparente final do conflito na Faixa de Gaza e o isolamento de Netanyahu, com Trump na cúpula árabe, após meses de conflito sangrento, parecem demonstrar que as ordens estavam cumpridas e Benjamin, descartado?
As idas e vindas entre Trump, Putin e Zelensky, no conflito Rússia x Ucrânia, também demonstram que os conflitos servem aos seus senhores e às suas vontades pessoais?
No mundo dos negócios, a nova tensão geopolítica entre Estados Unidos e China, agora pela estratégica guerra tecnológica, remete-nos a pensar: esta nova escalada da Guerra Fria 5.0 vai nos levar para qual realidade? A virtual?
Voltando ao nosso continente, o socorro americano à Argentina (segundo Trump, está à beira da morte!) e a liberação explícita para a CIA derrubar Maduro, na Venezuela, fazem pensar que, ao não conseguir a liderança pela via da diplomacia, os ianques vão usar sua poderosa estrutura de matar?
Ao ler a entrevista de Maria Corina Machado, Prêmio Nobel da Paz de 2025, opositora de Maduro, reforço a tese e o sentimento dessa tese. Ela mesma sugere negociar — ou não.
E assim caminha o mundo... Conflitos cheios de vilões e até heróis improváveis. Notem quantas vezes Trump é mencionado. Busca por hegemonia militar e econômica?
Na escala doméstica, o Congresso Nacional patina em jogos de interesse desproporcionais e ofensivos. Perdeu-se a noção de noção. Não falo em ética, pois seria abusivo com o que temos por lá, mas a falta total de sintonia com o país é de doer na alma.
Barroso antecipa aposentadoria no Supremo e fica a dúvida: quem vem? Messias? Pacheco?...
A Operação Rejeito, rejeito. A atuação das autoridades mineiras, melhor nem comentar. A vida segue seu curso e a Serra do Curral tem sobrevida.
Na terrinha, a falta de água nesta seca é de fazer pensar se a solução não seria, de fato, uma parceria — uma concessão — para se atacar todas as frentes e ter, daqui a algum tempo, o patrimônio rejuvenescido, ampliado, questões ambientais sanadas, tarifas adequadas e este problema crônico solucionado?
Falo em parceria, não falo em privatização. Falo em saneamento, onde a água é um item. Vale a reflexão.
E, para surpresa de muitos, no Vale Tudo da novela global, Odete Roitman está viva — mas o Brasil continua matando quatro mulheres por dia, vítimas do feminicídio. Essa estatística precisa acabar, e rápido.
No futebol, perdemos pela primeira vez para o Japão, e, como diz o Chico da Tiana, 2026 tem Copa do Mundo, 11 feriados e eleição. E logo ali, Simone já chega perguntando o que você fez em 2025 e Roberto Carlos fala que “são tantas as emoções”. Vamos que vamos — afinal, até por aqui a decoração de Natal já chegou.