Estes últimos dias têm sido bem diferentes por aqui. O tempo anda gostoso, aquele frio de inverno bem tropical...
Estes últimos dias têm sido bem diferentes por aqui. O tempo anda gostoso, aquele frio de inverno bem tropical. Eu ousaria dizer um frio quentinho ou um inverno nos nossos moldes, quente e frio o suficiente para usarmos nossas roupas desta estação. Nada que não seja suportável.
Neste ambiente, julho chega e realmente traz um segundo semestre que promete na seara política nacional, com reflexos na economia, infelizmente. Denúncias postas, fica o presidente Michel Temer na berlinda e nós, brasileiros, na expectativa do sim ou do não. A inflação muito baixa permitiu ao Conselho Monetário Nacional (CMN) reduzir o centro da meta para 2019 e 2020 e passar de 2 (dois) para 3 (três) anos o prazo dessa estimativa, já que em 2018 continuarão os atuais 4,5% a.a., mantido seu viés de 1,5% a.a, para mais ou para menos. A notícia só não é melhor porque esta inflação, com cara de estagnação, vem acompanhada de uma tremenda retração na economia. A expectativa de taxas de juros declinantes, de desemprego menor, de crescimento do PIB, vinha bem no imaginário dos empresários em certa medida e da população em outra medida, até que ocorresse o dilúvio de 17 e 18/05/2017. Brasil sem norte, dane-se o povo. Esse parece ser o mote dos governantes e responsáveis pelos poderes no Brasil.
Povo este que às vezes não é fácil de entender, pois o Fora Temer, de alguns protestos pela nação, nem de longe parece remeter a um Volta Dilma. Mas as pesquisas eleitorais deixam clara nossa falta de novas e efetivas lideranças e parecem apontar caminhos em desacordo com o grave momento nacional. Como entender...
Cenário posto, a vida continua, e devemos, todos, nos lembrar da necessidade de viver um dia de cada vez e entender que o Brasil vive de crises desde 1500. Alterar esse estado de coisas vai depender da efetiva oportunidade e vontade de mudança que teremos em 2018, mesmo que as regras do pleito eleitoral ainda não estejam claras, mas outubro é logo ali. O legal é que faltam menos de 550 dias para esse processo acabar, ainda que daqui até lá possamos ter dois novos Presidentes. O tempo parece estar a nosso favor...
Creio que sobre esta perspectiva estamos perto de iniciar um novo e – esperamos – saudável ciclo de vida dos brasileiros. Depende de cada um e de todos ao mesmo tempo.
A vontade hoje neste espaço era de falar só das coisas boas da vida e, assim, destacar a gentileza da minha querida madrinha no mundo acadêmico, Professora Solange Melo, ao nos brindar com maravilhoso artigo aqui no JM e nos citar, lembrando-se dos seus tempos de criança no Mosteiro da Glória. Vale a leitura, um portentoso texto. Ela é o nosso exemplo de amizade e da Cordialidade, tão escassa atualmente.
Mas a vida tem suas peças e não podemos esquecer que vivemos num tempo em que a Verdade anda meio sumida, onde se maquiam e distorcem fatos e se tenta imputar aos outros aquilo que eles não fizeram. Verdades viram mentiras; mentiras são contadas como Verdades; quem podia e devia explicar se omite, e as redes sociais permitem o surgimento de falsos valentes, na realidade, covardes e imbecis travestidos de sabedores de fatos e notícias, estes, sim, os verdadeiros falsários. Independente deles, a vida vai fluindo bem e, neste ritmo, não devemos esquecer que teremos, ainda em julho, leilões para lhe servir (Mosteiro) e o evento comemorativo do Centenário do USC, no dia 15/07/2017, com churrasco, lembranças e homenagens. Participem.
E o Ciro do título, ah, esquece, é um nada achando que é alguém.
Karim Abud Mauad