O acontecido no Rio de Janeiro, com a ação nos morros da Penha e do Alemão, novamente dividiu direita e esquerda, lamentavelmente. Cento e vinte e um mortos, sendo quatro policiais, é um saldo estarrecedor. E independe de que lado se observe a questão. Inclusive por ela continuar atuando nos efeitos e não nas causas, demonstra uma falha sistêmica dos Executivos, Legislativos e Judiciário em todas as suas esferas. Vários são os fatores que explicam a miséria humana, seja moral, intelectual, de caráter ou até material. As chacinas vão se repetir e o problema vai continuar.
Creio que passou da hora de criarmos um Projeto de Segurança Pública para o País, com legislação adequada, executivo atuando de forma perene nas favelas, morros e nas cidades brasileiras, enfrentando o narcotráfico. Estatísticas americanas dizem que 25% da população do mundo está ligada, de uma forma ou de outra, ao crime organizado.
Não devemos oficializar o narcoestado, como visto na Colômbia na década de 80. Entendo ter chegado a hora de descermos dos palanques e pensarmos no BRASIL. Aliás, já estamos atrasados décadas neste quesito, mas não podemos mais ficar inertes. O momento é grave e o assunto é sério demais para ser esquecido. A morte de pessoas com fichas criminais não pode nos impedir de resolver a questão. Esta não foi a primeira e, infelizmente, não será a última.
Minas Gerais continua das Minas e nem aí para as Gerais, separação feita até pelos prédios da sede do governo na capital.
Na nossa Uberaba querida, incoerências e bobagens delimitam a cena, seja pela rádio recém-inaugurada, seja pela comissão processante, seja pela revogação de estudos importantes de forma desnecessária. A cidade teima em não aprender, fica na miudeza e deixa perder a grandeza, não consegue atuar no atacado e no varejo. Inclusive com patrulhamento de palestrantes que por aqui aparecem.
Não gosto de comparar... não gosto de definir ou opinar de forma incisiva, prefiro gerar reflexões. Estes dias vi um vídeo do prefeito Paulo Sérgio, de Uberlândia, abraçado ao ministro de Minas e Energia, dizendo que os interesses da cidade e de sua população são maiores que a disputa política. E olha que, na vizinha cidade, um deputado com mandato deixou de ser candidato, pois candidaturas da esquerda ameaçavam a direita. Sei da disputa política por lá, sei que é tão aguerrida quanto aqui, mas observo, infelizmente, que o Partido Uberlândia impera, enquanto o Partido Uberaba emperra.
Estamos meio perdidos, sem norte definido. Precisamos virar a chave e tomarmos mais a bandeira da cidade, de forma ampla e unida. As últimas cinco décadas da cidade falam por si. Vale a reflexão.
No meio disto, os convido a visitar, conhecer, passar pelos estandes, ouvir as palestras no workshop do Instituto de Engenharia e Arquitetura do Triângulo Mineiro (IEATM), no 25º Loft Inova IEATM, nos dias 06, 07 e 08/11/2025, das 14 às 22 horas, no Pavilhão Multiuso do Parque Fernando Costa (ABCZ). Venha, você vai gostar!