Estamos em pleno reinado de Momo, festa popular e tradicional da cultura brasileira
É CARNAVAL...
Estamos em pleno reinado de Momo, festa popular e tradicional da cultura brasileira. Saudosista, não me atrevo a lembrar dos carnavais vividos na época de faculdade, bons tempos, e já naquele tempo escutávamos que o Brasil começava a "rodar" depois do Carnaval. Era legal, pois invariavelmente as aulas iniciavam depois da festa.
Formados, percebíamos que as coisas de fato, continuavam a acontecer pós Carnaval, quando as pessoas retornavam das férias e as empresas voltavam a funcionar, negociar, contratar, girando a roda da economia.
Mais recentemente percebemos que a sensação vinha acompanhada da carga tributária elevada, pois impostômetros e economistas lembravam que nos primeiros dois ou três meses do ano passávamos pagando os diversos impostos da virada e despesas com os festejos, aliados às matrículas e compras de materiais escolares, deixando a sensação que passado o Carnaval, começava a sobrar um dinheiro para movimentar o comércio, o serviço e a indústria local, regional e nacional.
Esta conta hoje, com a excessiva carga tributária em vigor, nos leva até o período compreendido entre o Dia das Mães e o Dia dos Namorados, melhores datas comerciais, pós Natal, com os bolsos bem apertados! Aja Carnaval...
Esperamos que este momento de festa e, no caso de Uberaba, emendado com o seu aniversário, no início de março, como o limite para a retomada da economia; que os empresários coloquem seu "bloco na rua" e os trabalhadores e consumidores voltem ao consumo consciente e planejado. Não podemos permitir, independente da cor política partidária, que a enxurrada de notícias em todas as mídias nos paralisem e paralisem os agentes políticos e econômicos envolvidos.
Não estou querendo dizer que devemos ignorar o momento difícil que vivemos, de graves mudanças e ajustes implementados na economia, necessários ou não, levando ao encarecimento dos meios de produção, e corroendo o poder de compra de assalariados e trabalhadores, via aumento de juros; combustíveis; energia; nos eminentes racionamentos de água; na dificuldade de reposição de emprego, pois estes fatos consumados fazem parte da realidade de 2015. A chateação nacional com o episódio Petrobrás, já comentamos antes. O fato relevante aqui é a necessidade de virar a página, deixar estes desmandos a cargo de quem tem responsabilidade de apurar, processar, julgar e punir os que forem culpados.
Temos o dever de separar a economia real, na qual vivemos, da economia do sobe e desce ao sabor de ruídos, da bolsa de valores e mercado de câmbio, dos deslizes da política e dos políticos e partirmos para as atividades e negócios. Trabalhar, produzir, comprar, vender, gerar salários e impostos. Voltar ao mundo normal, rever planos de negócios, enxergar oportunidades na crise e retomar todo o processo da vida real .
É Carnaval, que as marchinhas antigas nos embalem..."Tomara que chova três dias sem parar"..., que as águas ao rolarem, não sejam desperdiçadas, antes disso bem aproveitadas, mas na quarta-feira precisamos emergir do CARNAVAL, de alma e espírito renovados. A vida segue, e ter consciência do que está acontecendo, não deve nos imobilizar, mas despertar o orgulho empreendedor. Veja na crise, a oportunidade, se ajude, pois as contas chegam e precisam ser pagas.
Viva o Carnaval! É Carnaval!...