Passado ou Presente para a Covid 19 e a Dengue, o fato é que é Carnaval.
Nos últimos 10 anos, temos visto movimentos diferentes nesta festa popular de Momo.
Cidades antes sem tradição, hoje lotam as ruas, como é o caso de Belo Horizonte e seus quase 500 blocos passando pela cidade.
São Paulo e Rio retomam com força esta tradição, sem perder de vista os tradicionais desfiles das escolas de samba.
Um espetáculo único e pomposo o suficiente para servir de inspiração para várias outras cidades pelo Brasil e pelo mundo.
Nas cidades de interior, quanto menor, mais animada a folia. Nossa região tem boas folias.
Em cidades como Uberaba tenta-se unir o útil ao agradável, retomando blocos na área central do município e com o nome de Geopark para divulgar e popularizar este projeto que está na Unesco buscando chancela. Vale a pena conhecer ambos.
Para os que não se identificam com a festa, temos uma pausa na rotina para descanso e retiro.
Outra opção interessante é a leitura e a busca de conhecimento. Sugestão: - se permitem, é um mergulho nos poemas da mineira Adélia Prado. A obra Bagagem faz bem a todos, sem exceção. Oh, Minas Gerais!
Uma situação pitoresca também são as duplas/máscaras/memes/alegorias que aparecem no Carnaval, compostas por personagens da política nacional e lembram as guerras musicais dos trios elétricos da Bahia. Tem “hit” entrando na roda e entoando odes ao gosto do freguês. Vem a direita de um lado e logo a esquerda do outro e o pacato cidadão se equilibra entre quartelada e democracia. Acabou a alegria, resta espaço para a demagogia. É Carnaval!
Para não esquecer do quesito Economia, a inflação do carnaval nestes últimos 12 meses chega a 15% nos custos da festa, quadruplicando o centro da meta. E assim, a evolução fica prejudicada. E tem tolo por aí comparando Paulo Guedes a Roberto Carlos, e Haddad a Manoel Gomes, aquele que popularizou Caneta Azul. Seria cômico se não fosse trágico. E pior, o tom de azul não serve a Haddad e o Rei Roberto Carlos usa o azul claro. Faltou sangue correndo nas veias de quem criou esta fake, pois a gestão pública visa atender ao bem-estar das pessoas e precisa equilibrar números e atendimento social. E no final, quem fica no passo e no compasso não é o eleito e muito menos o escolhido e, sim, o eleitor. Reflexão de Carnaval!
Assim caminhamos para acompanhar esta festa cultural da essência brasileira, das raízes do nosso povo.
Encerro sugerindo que escutem os últimos sambas-enredo da Gaviões da Fiel, um basta e uma pluralidade religiosa ímpar.
Ô abre alas que eu quero passar... peço licença pra poder desabafar... sendo ou não da Lira, Rosa de Ouro pode ganhar. Faça sua escolha. Afinal, é Carnaval!
Karim Abud Mauad
Katim.mauad@gmail.com