Nestas voltas que a vida dá, percebo o tanto que valorizamos o que é sem valor. Hora nos irritamos com situações que fogem ao nosso entendimento e horas depois nos deparamos com um sujeito de joelhos, aparentemente agradecendo não se sabe o quê. Este início de texto traduz situações que vivi em um evento fora de Uberaba, recentemente.
A graça ou a falta dela foi perceber pessoas homenageadas sem razão e a dificuldade em reconhecer mérito em quem assim o merecia. Esta fala soa abstrata, pois não quero entrar em detalhes, mas quem vivenciou saberá entender assim que ler.
Haja prova e providência.
O mundo da esquerda, da direita e do centro carece de fundamento. Eu ainda encontro pessoas que acreditam que os dois protagonistas da eleição presidencial passada são inimigos. E isto do lado dos terraplanistas e do lado dos que assim discordam.
O Brasil rentista anda distante do Brasil produtivo, pois este de há muito está sem capital, sem giro ou quem o tem já “curte” o rentismo. Isto, por hipótese, tem algumas exceções.
No campo político, as eleições municipais estão a pleno vapor e ainda tem gente procurando espaço e abrigo. Tem gente dormindo no abrigo sem espaço e tem muita gente sem espaço cavando o abrigo. Vai entender...
A inflação parece ceder por falta de oportunidade e bons negócios e a taxa de juros se mantém nas alturas por fata de estabilidade. O arcabouço nasce e haja bolso.
A retórica da guerra sempre presente. Quem de fato quer a paz?
A Lava Jato ganha contornos de horror de cá e de lá. Tenho amigo querendo ir para Portugal. Vai fazer o que por lá?
Na Espanha, o “show de horrores” racista expõe a podridão do “Primeiro Mundo”. A sempre sonhada Europa mostra, em vários aspectos, sua soberba dominadora, autoritária e preconceituosa, isto assentado sobre falsas premissas e moralismos. O futebol expõe a fratura do caráter de vários povos. A ópera e o ópio do povo deixam brechas para manipulações e barbáries. O racismo se coloca de forma brutal. A violência moral e sexual, também.
A FIFA, a CBF, La LIGA, UEFA, farinhas de uma falência humana.
O Corinthians, nisto tudo, tenta manter um padrão diferenciado e flerta com o abismo no futebol. Falo do time que gosto. E você fala do seu?
A vida caminha para longe da sensatez e, na briga do bumba meu boi, fica o burro de carga, empinando a carroça. Massa de manobra.
O espírito hoje é este. E o amanhã? Será um lindo dia? Fica a reflexão.