O ano caminha para seu final e parece que foi tão conturbado e ainda temos uma série de ações e atividades na seara econômica, política e junto ainda os eventos da Copa do Mundo do Qatar e claro o Natal. Ufa, 2022 está sendo longo.
Na área econômica temos muitas definições a serem concluídas, desde entender os dados advindos da Macroeconomia como redução do desemprego e queda pela primeira vez nas promoções do Black Friday. Estes dados, aparentemente controversos, merecem ajuste e entendimento. Estamos lidando com inflação e juros altos, e infelizmente subempregos. Um exempl na Construção Civil a cada 3 empregos gerados, apenas 1 é de carteira assinada. E isto é um ponto de grande reflexão. Talvez esteja na hora de ampliar o Micro Empreendedor Individual (MEI), modelo empresarial simplificado para autônomos e pequenos empreendedores, revendo e aumentando as categorias que podem trabalhar neste sistema. Isto aliado às discussões necessárias para as diversas reformas adormecidas, entra governo e sai governo. (Reformas Administrativas e Tributárias à frente).
Uma PEC de transição que suscita debates sobre tetos e âncoras fiscais, também precisa ser vista do ponto de vista social. O assunto é palpitante e relevante, pois aí poderemos destravar investimentos públicos e privados. A Federação precisa crescer e se desenvolver de forma sustentável.
Em Uberaba, estamos discutindo a nova captação de água e tudo indica será via Rio Grande, e creio ser a opção mais adequada. 50 anos, não podem gerar mais 50 anos de imobilismo. Antes de pensar em custo e endividamento, deveríamos analisar as hipóteses de Parcerias e Concessões. O caminho é viável e pode manter autonomia, ampliar recursos e até reduzir tarifas.
Gasoduto, termoelétrica, amônia e ureia, além da ZPE devem ser pautas permanentes de governo e não apenas de mandato.
Na Copa do Mundo seria útil que tivéssemos êxito; estudos demonstram que o País ganhador sempre alavanca, no mínimo, os 2 trimestres seguintes, elevando o PIB. Seria uma ótima junçã ganhar o Hexa e decolar no Produto Interno Bruto.
O Natal este ano precisa trazer crescimento nas vendas e equilíbrio na vida das famílias. O futebol pode ajudar nisto em ambos os pontos.
A parte política precisa continuar com a força das Instituições e que o processo democrático avance.
Em 07/12/2022, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), fez de forma híbrida seu 95º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), em painéis com deputados federais, senadores atuais e futuros, membros da transição, o Vice Presidente atual (também senador eleito) e o próximo Vice Presidente entre outros. A pauta, claro, as necessidades do setor e as obras públicas, moradias, concessões, inovações e todo o processo envolvido para esta cadeia produtiva, intensiva geradora de emprego. Uns mais, outros menos, a busca pela harmonia entre situação e oposição serão fundamentais para atender os anseios da população. Erros e Acertos apontados nas diversas políticas econômicas dos últimos 30 anos, passando pela pandemia e sugestões para destravar burocracias que permitam a entrada de recurso em projetos novos foi a tônica. O caminho para o desenvolvimento deve incluir o todo e não apenas parte. Um dado é importante salientar, 95% do Orçamento é vinculado com despesas e custeios obrigatórios. A situação, só por este dado, entre tantos, irá requerer bom senso dos cidadãos de bem.
O momento requer da classe política descer do palanque e trabalhar para o patrão, neste caso o cidadão.
O tom destes atores dará o brilho do nosso futuro. E olha que 2023 e 2024 não serão fáceis.
Se estes personagens continuarem jogando apenas para a torcida, fazendo mera exibição, sem propósito e seriedade, portanto, não enfrentando estas adversidades... Aí a década estará perdida.
Como na Copa, é um jogo por vez, que na política o jogo seja pró povo. É tão difícil isto?
Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com