Os últimos números da economia, infelizmente catastróficos, ainda assim nos possibilitam...
Os últimos números da economia, infelizmente catastróficos, ainda assim nos possibilitam imaginar boas perspectivas já para 2017.
Ao final das Olímpiadas do Rio, aliada à definição do impeachment, teremos condições de efetivamente trabalharmos para a reconstrução nacional tão necessária.
Tempo de reformas, tempo de equilíbrio entre os poderes, tempo de reduzir a máquina pública e, consequentemente, a carga tributária. Novos tempos e, com certeza, tempos promissores.
Vivemos o momento da transição, o momento da incerteza e da desconfiança e, principalmente, o momento do quanto pior melhor.
Estas etapas precisam ser vencidas para que as novas e as atuais gerações reaprendam o valor do trabalho e a imperiosa necessidade de redução do seu custo para a geração do emprego e da renda.
As condições atuais são bem adversas e juntem-se a isso as escorchantes taxas de juros, o consumo baixo em todos os níveis e percebe-se a premência de reversão nessas expectativas.
A cidadania tem um forte componente na dignidade gerada pelo trabalho. Assim fica delineado por que estancar o desemprego e por que reinserir no mercado esses onze milhões de desempregados Brasil afora. Em se tratando de Uberaba, está próxima a necessidade de todos entenderem a real importância na revitalização da economia da área central da cidade, bem como o empenho necessário para otimizar o comércio nos bairros, como um primeiro exemplo. Os bancos já entenderam isso. Outros atores, não.
Olhando para São Paulo, pela primeira vez nas últimas décadas, os engarrafamentos diminuíram na área central, os emplacamentos de veículos foram reduzidos em 35%, e os usuários de ônibus e metrô diminuíram aos milhões, de 2014 para 2016. Quem sentiu esse efeito primeiro e mais intensamente? O comércio de rua desta megalópole brasileira.
Cito esses dados para que possamos refletir sobre nossa terra, deixando em segundo plano as questões politiqueiras, as mentes pequenas e os usuários despreparados de redes sociais, que escrevem sobre o que não sabem, tentando salvar, na maioria das vezes, cargos públicos, tentando com isso encobrir a necessidade de discussão efetiva da nossa economia. Precisamos desses atores, preparados e dispostos a encarar a realidade, e não apenas culpar o que não deve ser culpado. Não cabe mais a era do eu acerto, você erra. O meu é bom, o seu não. Precisamos abandonar a tese de que uma cidade pertence a um governo e/ou governante e conscientizarmos de que ela pertence, sim, a todos os seus cidadãos, restando claro no nosso caso a necessidade de um choque na matriz econômica de Uberaba. Aliás, tema muito apropriado para os futuros debates eleitorais.
Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com