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Emprego ou empregabilidade

Temos refletido muito nestes dias, aproveitando todo este momento de renovação

Karim Abud Mauad
Publicado em 13/04/2015 às 19:04Atualizado em 16/12/2022 às 03:32
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Temos refletido muito nestes dias, aproveitando todo este momento de renovação para entender o caminho que o Brasil vem seguindo, passados 100 (cem) dias do início do segundo mandato da Presidente Dilma. Nova onda de protestos e manifestações e pior, um extremo alarido mostrando as dificuldades da Economia no seu todo. E este barulho sempre ampliado por toda a sorte de erros e escândalos sucessivos. Tudo parece um desgoverno, as manchetes demonstram que quem ganhou a eleição parece não estar no comando das ações. Uma sucessão de desencontros. Fico à distância tentando entender o real sentido das eleições livres e democráticas e me pego sem entender se de fato são livres e democráticas; estranho, muito estranho.

A inércia atual, com indicadores alarmantes e nas alturas, quaisquer que sejam os quesitos, juros, inflação, energia, câmbio, combustível, enfim, uma grande recessão se instalando, ou já instalada. Digo isto, pois o desemprego ainda não foi de fato sentido, ou melhor, ainda não foi efetivamente medido. Este é meu grande receio, tem muita gente se apegando pelo País na sustentação econômica via empregabilidade. Este pilar realmente precisava ser preservado, mas tudo indica também que não se sustentará e é aí que reside nossa grande preocupação.

Educação e Segurança caminham par e passo, ligados com a ocupação e a renda que o emprego gera. Emprego em alta, melhores e maiores rendas para quem teve mais tempo na escola e, claro, uma  tendência a menor ociosidade leva a termos chances no campo da segurança, mesmo com toda a onda de insegurança da última década. Se o desemprego aumentar, a tendência é piorar.

Muito se tem falado em ajuste fiscal, pactos têm sido feitos, pois sem o resultado primário das receitas do governo, serem maiores que as despesas, a situação complica, pois o governo é  como  todo cidadão, que tem que viver com o seu salári a credibilidade deteriora, o crédito desaparece  e o que é pior, no nosso caso,  os investidores internacionais ou não trazem recursos para o País, ou diminuem o ritmo e as propaladas necessidades de melhoria da infraestrutura brasileira, que  nos garantiria emprego e empregabilidade, ficam extremamente comprometidas, aliada ao fato que ainda temos de conviver com a fama internacional de mudarmos sempre as regras do jogo, com o jogo, ou melhor, o campeonato em andamento.

Prezados leitores, anda difícil entender nossa lógica econômica, caminhamos invariavelmente na contramão da história, e não se iludam, aqui também as mazelas nacionais são igualmente estaduais e municipais. Aqui estamos em condições aparentemente melhores que o restante da nação e esta é a dúvida: até quando?

Temos percebido no País um grande problema de Gestão, palavra mágica e batida, mas que no mínimo implica em termos no comando autoridades com aptidão e capacidade de gerenciar, governar, enfim administrar. Crise se enfrenta com vontade de pactuar e não de intimidar ou cooptar. Coalizão, talvez este seja o verbo a ser empregado para passarmos este momento turbulento da Economia.  

Quem se habilita? O nosso emprego do dia a dia e nossa tão sonhada empregabilidade dos tempos atuais agradecem.

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