ARTICULISTAS

Entre socos e cadeiradas

Karim Mauad
Publicado em 25/09/2024 às 20:01
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Nos últimos tempos, tenho buscado leituras e informações que agregam conhecimento e paz interior. Neste sentido, restam-nos os livros, companheiros de cabeceira e fontes inesgotáveis de informação e prazer. Uma riqueza eventualmente perdida na correria da vida.

Ainda assim, por mais isolado que se queira estar desta profusão de notícias nefastas que estão esparramadas pelos diversos meios de informação, sejam eles tradicionais ou sociais, é impossível passar incólume pela cadeirada e, claro, pelo soco.

A eleição da maior cidade do país virou apenas página policial. Uma lástima. O cidadão fica perdido com tanta baixaria, o que leva o eleitor a repensar se vale a pena votar. Este é o perigo iminente.

Um fato bom disto tudo é que a cadeira saiu ilesa. Ainda bem. O soco demonstra a selvageria e paramos aqui.

Outro ponto interessante e lamentável no processo paulista é a candidatura de um ser estranho ao meio, contraditório, com riqueza e métodos de vida, e para a política, questionáveis. E que parece influenciar jovens e incautos. Merece atenção, pois, se virar escola e ganhar seguidores, o processo político fica ainda mais nebuloso. E, pior, já faz seguidores por aqui. Atenção.

Uberaba segue assistindo sabatinas e debates e, principalmente, os formadores de opinião vão buscando entender o que acontece para definir seu voto. Com erros estratégicos, acertos estudados, as campanhas majoritárias avançam. E a cidade começa a perceber as sutis diferenças e as várias coincidências, e cada um se prepara para a sua escolha. O básico bem feito ainda é mais correto que a proposta mirabolante.
Uma coisa é clara: muito uberabense não conhece Uberaba e se queda ao complexo de vira-lata, falando mal de tudo e de todos. Política se constrói com propostas e planejamento, e, claro, se ganha com grupo, recursos e votos. Ocorre que o eleitor já não se seduz por qualquer voto ou aliança meramente eleitoral, ao que parece. No dia 06/10/2024, teremos de fato essa confirmação. Na pior das hipóteses, saberemos o que o eleitor pensou, ou se deixou de pensar e votou. Não devemos esquecer de ausentes, brancos e nulos, que são votos que demonstram muita insatisfação. Vale monitorar.
Na proporcional, a situação é ainda mais complexa, pois o voto depende de muitos fatores e temos muitos candidatos. O primeiro filtro é saber se o postulante entende seu papel fiscalizador do Executivo, para, na sequência, se perceber como agente e fator político, primordial para a cidade.

Tem muita gente fazendo campanha para executivo, alguns prestando contas de mandato como se fossem executivos, e não se atentando para seu papel de fiscal e ator político que é. Vale avaliar bem este voto. Um Executivo forte precisa de uma Câmara forte.

E assim vamos vivendo este período eleitoral com muito barulho e, aparentemente, poucas propostas efetivas de governo.

Espero encontrá-los com o dever de casa encaminhado. Viva a Democracia, sempre!

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