Nesta semana se inicia a comemoração do Dia das Mães, dia que deveria ser todo dia...
Nesta semana se inicia a comemoração do Dia das Mães, dia que deveria ser todo dia, mas cujo calendário de homenagens e comercial entendeu que seria no segundo domingo de maio. Devemos, independente de qualquer crença ou postura, refletir sobre a importância da Mãe nas nossas vidas.
Tenho a minha Josephina, que para minha alegria se multiplicou no carinho da minha madrinha Jandira, nas minhas tias Elza e Linda, todas vivas e nos ajudando a entender a vida, além das outras que aqui não estão mais. Afinal, sou da época que as madrinhas e tias podiam dar amor, carinho, presentes e presença, mas podiam, também, ajudar na formação, na criação, na educação; uma época de deveres e direitos. Poderia falar, também, das mães dos amigos e colegas de infância...
Hoje nossa filhota Anna Carolina também tem seu melhor exemplo, na responsabilidade, no empenho, no zelo, no AMOR da sua dedicada Flávia, mãe incansável e, no meu caso, a mulher e esposa ideal. Anninha também tem a sorte de conviver com cuidadosas e carinhosas tias e madrinhas (Renata, Linda, Marchê...).
A razão disso tudo não é para falar de mim ou dos meus... A razão é para entender ou tentar entender aqueles que não tiveram esta felicidade, este colo, esta compreensão e a falta que, na maioria das vezes, esta ausência faz a eles.
Vivemos neste mundo o momento da guerra, da desunião, do excessivo individualismo e da mínima falta de postura e decência. Nem me atrevo a falar em ética, sinto falta da racionalidade dos valores humanos. Estamos no exato momento da ruptura ou disrupção para ficarmos na terminologia atual, na busca pelo uso da tecnologia a serviço real da civilização e nos encontramos às voltas com a total falta de princípios. A humanidade não consegue agir como humanidade.
Esses exemplos estão em todos os lugares. Enquanto o Papa Francisco dá seu exemplo, acolhendo os moradores de rua em Roma, através de simples lavanderias, para que possam se sentir gente, por aqui, não percebemos seus discípulos tão engajados nesta efetiva fé, apenas envolvidos com movimentos, divergentes de uma parcela expressiva da sociedade. Assim não desejando polemizar, refiro-me à experiência vivida com colégio da minha filha, por “orientação” da CNBB.
Vejo categorias profissionais públicas e privadas cuspindo no prato que comeram...
Vejo espaços e interpretações na mídia, bem diferentes para causas e efeitos, fatos, notícias, gerando até distorções nas leituras...
Vejo um simples gol de goleiro ser usado inadvertidamente por quem deveria lembrar que vive do gol e, claro, do futebol...
Vejo o cidadão desesperançado da vida olhando para frente, buscando um salvador, quando deveria olhar no espelho e ver que ele e seu futuro dependem daquela imagem ali refletida; seja o responsável pelos seus atos.
Aí vejo novamente a figura da Mãe, do acalento, do ombro amigo, da prosa no café, da volta à origem, da busca por valores e civilidade...
Amigo leitor, sou um otimista convicto, passando por uma fase de buscas, tentando um novo olhar para os velhos problemas; nestas linhas já falei do janeiro, da Semana Santa, como momentos de refletir e ir em frente, cada um fazendo a sua parte; hoje falo da mãe como ancoradouro emocional, físico e espiritual...
Aproveite esta semana e busque a(s) sua(s) Mamães onde quer que estejam, neste ou em outro prisma, e falando e ou orando, busque o seu ser, sua humanidade, nas suas origens. Feliz Dia das Mães!
Karim Abud Mauad