As festas juninas acabaram. As julinas, ainda não; e vai frio, vem calor, vem frio e vai calor alguns assuntos não saem de pauta.
O alerta de risco hídrico já foi feito este mês no Sistema Cantareira em SP e por aqui não é diferente, com mais cuidado, a Codau vai se posicionando.
Os 20 anos da nossa última vitória na Copa do Mundo de futebol foi em 2002. Neste igual período, também ficamos sem Chico Xavier. A humanidade carece do nosso grande líder espírita e os brasileiros, de uma utopia futebolística. No espectro católico cristão sai de cena o cardeal D. Cláudio Hummes, o brasileiro que quase foi Papa e inspirou o Papa Francisco. O mundo vai ficando meio à deriva. Brasil sem fé?
O criador da Lei Rouanet, Sérgio Paulo Rouanet, embaixador que serviu ao Governo Collor, também nos deixa em meio a embates que prejudicam não um ou outro, mas a cultura brasileira. Brasil sem vida?
A Educação – nem precisa falar – anda sem rumo e sem perspectivas. E, de fato, precisa ser reinventada. País sem o Binômio Educação e Cultura é país fadado a ser periférico.
Produtividade, Inovação, Planejamento passam a inexistir. O país do futuro passa a viver só de commodities, arroubos e benesses eleitorais. Vai Brasil... Para onde? – Tenho dúvidas. Brasil sem esperança?
Antes que caminhe para a linha tênue entre a realidade crua e a nossa vontade de tempos melhores, buscamos alguns bons exemplos para nos esperançar e nos espelhar, sendo um deles o dos jovens alunos do CNSD que se destacaram num treinamento do Google. Outro, o trabalho magnífico da turma que cuida das crianças e dos adolescentes na cidade. O Comdicau tem boas ações para nos acalentar, assim como o MP e o Judiciário, através dos promotores Rafael Tannus e André Tuma e do juiz da Vara da Infância e do Adolescente, Dr. Marcelo Lemos. O trabalho é árduo, mas começa a se frutificar. Voluntários e Responsáveis unidos por uma causa justa. O Brasil de verdade.
O clima eleitoral vai esquentando; os ânimos, se exaltando, e os programas de governo, ainda raros, aparecendo, superficiais e rasos. O país da idolatria esquece que a briga é só na torcida. Os jogadores são profissionais e mudam de time constantemente. A torcida pira e se digladia. O adversário de ontem é o aliado de hoje e o jogo segue. O legal é que, depois de xingar o juiz, apareceu uma nova culpada, agora o problema é a bola. Assim como no próprio futebol, jogador de qualidade e classe se escasseia. O jogo empobrece. Será que o jogo segue? O Brasil de poucos espertos e muitos inocentes úteis floresce.
Entristecido e envergonhado, fico observando. E a torcida se engalfinha. O time muda de camisa, de cidade, deixa de ser esportivo e passa a ser SA. E os jogadores seguem o baile e o jogo.
Aliás, a melhor forma de não mudar nada é fazer de conta que vai mudar tudo. O resultado é o esperado e, de fato, o povo sofre, e quanto mais povo, maior o sofrimento. O artilheiro, enquanto isto, perde pênalti e fica de chinelinho na enfermaria. O Corinthians vai. Vai, Corinthians! O Brasil de alguns deveria ser de todos. Brasil Nação?
Espero que todos consigam fazer a correta leitura e refletir sobre estas mazelas. O parente e ou o amigo perdido não vale o risco, pois deixamos de jogar pelas pontas há muito tempo e só jogamos pelo centro. E este recebe bem os cruzamentos da direita e da esquerda e sempre emenda, quase sempre para fora. Fica, Brasil!