ARTICULISTAS

Grandeza, sem amarras e limitações

Karim Abud Mauad
Publicado em 26/10/2021 às 18:46Atualizado em 19/12/2022 às 01:29
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O assunto do momento no tocante à política econômica do governo federal foi a troca de vários cargos na equipe do Paulo Guedes, fruto de uma mudança proposta no valor do auxílio para famílias e que poderia impactar no teto de gastos. Dito assim, fica economês puro. Quando falamos que o Bolsa Família vai mudar de nome e se chamar Auxílio Brasil, e que o valor vai passar de R$189,00 para R$226,80, acrescido de um benefício transitório de novembro de 2021 até dezembro de 2022, elevando o valor para R$400,00, a situação no governo federal se agitou. A equipe econômica queria o valor de até R$300,00 e a ala política, Presidente inclusive, o valor de R$ 400,00, que prevalecerá. Números à parte, o importante é percebermos que a economia é uma ciência social, econométrica e política. O Mercado financeiro derreteu, e o ministro Paulo Guedes quase se afogou, sendo resgatado pelo presidente Bolsonaro do naufrágio iminente. Este é o cenário que rondou Brasília desde os dias 19 e 20 de outubro até o momento da finalização deste artigo. Ainda temos muita água para rolar debaixo da ponte, mesmo com escassez hídrica.

Esta contextualização veio para refletirmos sobre a dupla política e economia. Uma sempre interfere na outra (parecem gêmeas siamesas). A decisão econômica sempre esbarra na política, e a decisão política sobrevive com a robustez da economia. O eleitor com problemas financeiros oriundos dos erros da política econômica é de fato o grande temor de qualquer gestor com mandato. A relevância do atendimento das mais de 17 milhões de famílias em toda sorte de vulnerabilidade social é inquestionável. A discussão passa pelos outros pontos: – como fontes de recursos, teto de gastos, endividamento do tesouro, calote ou negociação de precatórios e o período pré-eleitoral. O enredo e o entorno é que fazem o mercado, os analistas e os investidores se agitarem tanto, gerando incertezas que dificultam todo o ambiente dos negócios. O solavanco foi sentido, agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos.

O cenário também é propício para entendermos a desnecessária polarização política que vivemos, seja pelo clima instável e beligerante que cria, seja pela facilidade de mudança de posição dos atores políticos frente aos pleitos eleitorais. O velho político mineiro Tancredo Neves ensinava que não se deve brigar pelos políticos, pois, no andar de cima eles se acertam. Esta máxima vale para as três esferas de poder e para Executivo e Legislativo. Avaliem!

Excelente evento democrático aconteceu na Aciu, no dia 23/10/2021, onde o prefeito de BH, Alexandre Kalil, esteve falando sobre a pandemia do coronavírus. O auditório repleto contou com a presença de representantes da cidade e região, do campo político, classista e empresarial, imprensa, mostrando a pluralidade que fez a importância de Uberaba no passado e que tenta se resgatar no agora, plantando para o amanhã. O voto é secreto e cada um exerce sua preferência no período eleitoral. Fora dele, os interesses da cidade e dos munícipes devem ser o ponto principal para eleitos e candidatos. A postura serve para todos.

Uberaba e o uberabense devem ser respeitados sempre, por isto a importância de receber todos, apoiar quem está à frente no momento e permitir a livre escolha. Viva a liberdade de receber e escolher após o conhecimento amplo.

Outra atividade importante foi a realização da 9ª ExpoCigra, sucesso e oportunidade para novos negócios. Parabéns aos organizadores, apoiadores, expositores e visitantes.

Assim se constrói a riqueza de uma cidade. Oxalá Uberaba retome sua trilha de grandeza, sem amarras e limitações.

Karim Abud Mauad  - karim.mauad@gmail.com

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