Nestes últimos tempos, temos vivido situações incríveis deste nosso tempo sem tempo.
A sensação do avançar célere do tempo se explica por uma série de razões, mas converge atualmente para nossa dependência dos celulares, que nos deixam sem tempo, no tempo.
O efeito das mídias sociais transforma histórias em estórias, e estas, invariavelmente, em histórias. Vivemos o tempo do fake. Tudo anda falso ou soa falso, desde as propaladas desinformações ou boatos esparramados sem o mínimo de cuidado nesta fabricação, passando por excessos de procedimentos estéticos e culminando em pregações sem eira nem beira. Histórias falsas, criadas deliberadamente com o objetivo de confundir, iludir e enganar. Fotos com filtros e IA e apelos emocionais, que facilitam a aceitação e geram reproduções aos milhões, no fundo se tornam estórias. Quem perde e quem ganha nesse jogo?
O novo presidente da Câmara dos Deputados, recém-eleito, transita num universo escorregadio de um canto a outro, neste diapasão. Sonho com uma Câmara dos Deputados maiúscula, na forma e no conteúdo.
O do Senado caminha e caminha... Saudades do Pero Vaz... Viva Cabral e o Brasil. Até onde vai nossa outrora hospitalidade decantada?
No exterior, movimentam-se os senhores da guerra. O uso do poder sem poder ou pelo poder, já dito aqui antes.
A ideia de pacificar o mundo pelo conceito de Disneylândia no Oriente Médio pode surtir efeito no curto prazo, mas no médio e no longo prazo sei que a história será ficcional. Espero que não usem Hollywood para inventar heróis sobre casos perdidos, como foi no Vietnã, Iraque, Irã.
As taxas adicionais farão o aço entrar, e ele pode não sair, ou nunca mais entrar e só sair. O chão de fábrica do mundo é outro. Escala de produção e globalização são conceitos criados por quem agora só quer proteger sua combalida indústria nacional. O efeito será o mesmo do excesso europeu em relação às nossas exportações do agro. Histórias que serão estórias.
Anda difícil acompanhar notícias e também olhar para o céu, pois o que temos de notícias de acidentes aéreos pelo Brasil e pelo mundo impressiona. E, ultimamente, acontecendo nas ruas das cidades de forma rotineira. Evoluímos e retrocedemos. Páginas tristes de nossas histórias.
Por aqui, uma história real e feliz: nosso amigo Gilberto Rezende chegou aos 92 anos de sua história bem. Além dos parabéns ao nosso sempre presidente da Aciu, que recentemente historiou os feitos de quem passou por ela nestes 100 anos, o que fica na história é como ela é contada.
Encerro este com uma história de vida repleta, bem vivida e bem contada.