Tenho lido no nosso JM, nos últimos dias, alguns parceiros escreverem sobre a grande crise nacional envolvendo nossa maior empresa e única por anos a figurar entre as 500 maiores empresas do mundo, a PETROBRÁS.
Nos mais recentes, a questão das propinas e as penalidades legais para a empresa, seus diretores, assessores e também para seus fornecedores e dirigentes foram motivos de grandes e ricos artigos.
A nós cabe discorrer sobre a força dela no cenário macroeconômico, pois bombardeada, atacada, endividada, e ainda viva e necessária para nossa economia nos próximos anos, é de deixar perplexo qualquer um mundo afora, pois se minimamente gerida dentro das regras da boa governança corporativa, imaginem quantos e proveitosos frutos estariam rendendo e gerando para o BRASIL.
Acredito que todos já perceberam que aqui, não iremos nos alinhar ou discutir o que o País está discutindo, nas casas, nas ruas, nas escolas, na mídia impressa, televisiva, nas redes sociais e por aí vai.
Acredito que a Justiça, a CPI do Congresso, a Polícia Federal irão cuidar deste assunto, tratando o caso, como parece indicar as delações premiadas, na esfera criminal, punindo ou absolvendo, dentro do devido processo legal quem tiver que ser punido ou absolvido.
Não me alongarei nestas searas. Aqui venho falar da governança corporativa, Diretoria só agora criada pela Empresa, no final de novembro e em meio à crise. Este processo de gestão que leva todas as empresas do mundo a atuar com transparência há quase duas décadas. Lembramos também que o conceito se aplica a médias e pequenas empresas, públicas e privadas.
O termo significa gestão de riscos e controles das operações; equidade no tratamento dos envolvidos ao agir de forma justa com sócios, acionistas e colaboradores; transparência ao se relacionar com o mercado e não só na apresentação de demonstrações econômicas e financeiras, e a responsabilidade social das empresas, inclusive quanto à sua sustentabilidade no longo prazo, protegendo assim todos seus sócios, principalmente os minoritários, e em último caso, a sociedade onde atua.
Parece que este não é o caso da nossa Empresa maior, por tudo que temos acompanhado, ouvido e lido ultimamente.
Nossa intenção neste texto não é cansá-lo, leitor, com conceitos, termos e informações de como gerir uma empresa, mas alertá-lo para que use estes princípios no seu dia a dia, na sua casa, na sua empresa e até mesmo na relação com as pessoas da sua convivência.
Que novos e bons ventos transformem nosso momento atual de tristeza e preocupação em um futuro de correção de rotas e de boas práticas na condução da Petrobrás e de todas as demais empresas, melhorando os ganhos para todos e não apenas de alguns.
(*) Economista