O brasileiro vive de expectativas e esperanças; os governantes, em sua maioria, de promessas. O brasileiro esquece o passado, ignora o presente e sonha com um futuro melhor; os governantes culpam o passado, ficam imóveis no presente e continuam suas promessas futuras.
Este preâmbulo serve para todos, em que pese seja na medida certa para os irmãos que se encontram nos programas sociais do país. Na média, R$600,00, e não se fala mais nisto, porta de entrada para trocar o patamar de miséria, sem oportunizar saída e melhoria efetiva de vida. País dos 600, mais cesta básica.
A esperança sempre renascida de um amanhã melhor. Nesta linha, será? Olha que eram 12 apóstolos apenas...
Nas áreas primordiais de governo, a saber: – educação, transporte coletivo, saúde, segurança e infraestrutura, inclusive com o binômio saúde e educação sendo responsáveis por 40% da arrecadação, seria bom que, de fato, a prestação de serviços fosse efetiva. Infelizmente, estamos descobertos, mas na saúde pública, via SUS, e na saúde privada o caos está posto. O que estamos assistindo de horrores aqui e acolá é uma enormidade de empurra-empurra, sem fim. Todo erro de hoje é culpa de ontem e tudo até ontem era perfeito, o problema é hoje. O lado determina a fala. Se este continuar sendo o diagnóstico, estamos fadados ao insucesso permanente e os cidadãos estarão jogados à própria sorte.
A economia nacional, seus índices, câmbio, bolsas, PIB, a âncora e o arcabouço, nada parece vir para a construção do crescimento, a geração de riquezas e empregos, só de construção politiqueira, olhando para o umbigo próprio. Neste nosso Brasil, dos últimos 90 dias, número cabalístico, vemos seus atores descomprometidos de fato com o povo. Aguardar dias melhores, caminhando sobre os ramos. Tem outra alternativa?
Se não pararmos com períodos eleitorais bianuais, estamos fadados a viver todo dia uma eleição, invertendo a máxima que temos o tempo de plantar e o tempo de colher, ficaremos só no plantio estéril, sem frutos.
Ultimamente, vivenciamos ingratidão, traições e despreparos em vários campos, mas no campo político, esta parece ser a tônica. A cada dia vamos percebendo isto de forma explícita. E isto em todos os lugares onde se tem uma escolha e um voto, seja no Executivo, Legislativo, classista e até nos conselhos... O seu braço direito de ontem é o seu maltratado de hoje. Ética, lealdade, parceria, Companheirismo, precisam ser, de fato, praticados, e não apenas servir para retórica na boca de alguns.
O mundo antes, durante e depois da Covid-19 é um só. Infelizmente, o mesmo, não aprendemos nada.
Cada um de nós carrega o seu Judas. O Judas de cada um!
Aliás, nestes últimos dias, nós nos despedimos de três senhoras distintas e exemplos para os seus e para todos, Sras. Mariana Veloso da Silva, Maria Moisés Árabe (Mariinha) e Maria Tereza Pinheiro da Silva, com a sabedoria e o cuidado de quem quase chegou ao centenário em Uberaba e Belo Horizonte. Elas estão com o PAI, ao lado da MÃE Maria, como elas. Ressureição em Cristo!
Encerro com tristeza e júbilo, mas com a certeza de que esta breve reflexão chegue a todos que podem fazer a diferença, mas que às vezes deixam a desejar ao longo da caminhada.
Uma Semana Santa em sua plenitude a todos. Sem malhar o Judas. Fé na Santíssima Trindade. Amém!
Karim Abud Mauad
karim.mauad@gmail.com