ARTICULISTAS

O Sertão das bravuras, hoje com bravatas!

Karim Abud Mauad
Publicado em 29/03/2022 às 20:28Atualizado em 18/12/2022 às 23:20
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Sorrateiros, simulando virtudes, percebemos nossos representantes buscando o olimpo.

Omissos, fazem dos eventos palco.

Benevolentes no rito, desconfiguram atos e fatos ou fatos e atos.

Resolvidos, sempre a olhar para si, e não para o todo.

Esgrimam entre si, sem encostar a espada um no outro.

Fazem-se de guardiães, apenas de si e dos seus, simples assim.

Todo o jogo, milimetricamente, pensado.

Apoios e ajustes, acordos e favores.

Digo isto, faço aquilo.

O público, o povo, o paço, o fundo do poço.

Dia destes, analisando situações aparentemente antagônicas, eu me vi pensando no quão tolo somos ao acreditar em determinadas situações, em citadas posições, em convocações para isto e ou para aquilo. A farinha sempre estará com o aspecto podre, e não me refiro apenas ao Sertão ou na estrada que vinha para cá. Acredito que estamos esquecendo os sacos em demasia nos galhos das árvores, desde os idos tempos de Taunay e o porto Alencastro. Hidelbrando Pontes, na entrada do Arraial do Desemboque, perto de Sacramento, tem uma frase que cita “Homens de extrema bravura, desterrados do seu próprio mundo, fundaram no Sertão Farinha Podre...”. Estas as histórias... o hoje muito distante, aqui com bravatas.

Na parte boa da festa, superados MEC, PETROBRAS, “LOLLAPALOOZA”, ...o ouro pode dar lugar ao ensino, um sonho em ver o Brasil se destacar nas diversas olímpiadas estudantis mundo afora.

Aqui surge, de fato, o ensino de qualidade, onde 60 (sessenta) jovens em 3 (três) turmas farão parte do Núcleo de Empreendedorismo Juvenil, parceria SEBRAE/PMU/FETI, com o apoio do Lions, Rotary e Maçonaria, através dos seus Clubes e Lojas. Um novo futuro começa agora.

Assim, vou me consolando com a letra de João de Barro e Noel Rosa, imortalizada nas vozes de Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, “As Pastorinhas”, esperando o despontar da estrela-d’alva no céu, deixando a lua tonta, com tamanho esplendor. E as pastorinhas para consolo da lua, vão cantando na rua, apenas lindos versos de amor. A vida seria mais fácil se existissem mais Pastorinhas, tradição natalícia formada por crianças e jovens, entre outras possíveis.

E, ainda lutando com determinação, vivendo a vida com paixão, perdendo na moral e tentando vencer com ousadia, como no dito popular, voluntariamente exercitando o direito de pensar em dias melhores... mas aí o verso é outro. Vida que segue viva.

Karim Abud

 

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