No meu último artigo, falei de vida, um pouco no sentido de substituição por sistemas e inteligência artificial, e também da parte emocional e dos valores humanos. Continuando aquela reflexão, nós nos deparamos com o fenômeno das redes sociais e sua enorme influência na vida atual das pessoas. Todo mundo, hoje, consegue se manifestar, ter e emitir opiniões sobre tudo e qualquer coisa; temos uma nova geração de acusadores, valentões, hipócritas e adjacências criados e escondidos atrás desse novo fenômeno de massa, que incomoda os meios de comunicação tradicionais, como rádio, televisão, jornais impressos. Vi uma pesquisa recente, onde o eleitor dizia se guiar na propaganda política, 50% pelas redes sociais e 50% pela propaganda política na televisão. Os resultados eleitorais de 2019 nos levam a ter a sensação de que esse percentual é ainda maior, o que com certeza se refletirá nas eleições municipais de 2020. Todos estão na busca por novidades, diferentes, alguém aparentemente sem passado, pelo que se percebe nesses espaços virtuais. Lembrando que reputações são criadas e destruídas, ao sabor dos cliques, mais rápidos que o piscar dos olhos.
Dizem os mais otimistas com a tecnologia que “o ser humano será forçado a ter uma formação contínua para não ficar obsoleto”, frase de Robin Li, CEO e cofundador da BAIDU, similar do Google e Yahoo na República Popular da China. Se esta for uma visão correta de futuro, espero que ajude a melhorar a formação e os debates hoje existentes na rede. Haja paciência!
Sem contar que o patrulhamento e a excessiva dicotomia entre direita e esquerda estão passando dos limites da razoabilidade, levando movimentos como o MBL a fazerem mea-culpa; este episódio do presidente Bolsonaro com o presidente da OAB demonstra essa absurda excrescência. Já deu! Precisávamos, Presidente à frente, pensar o país para além da Reforma da Previdência, ainda não concluída. Deveríamos focar nas outras reformas, prioritariamente na tributária; na geração de empregos, no crescimento econômico, na melhoria dos serviços públicos, com qualidade, na retomada do investimento privado, enfim, na busca efetiva por uma pauta econômica que unificasse a Nação. Vou repetir aqui que as torcidas ficam bem nas praças esportivas, mais que isso, esperamos dos homens públicos eleitos e com mandatos, à frente dos entes federativos, atitudes, posturas éticas e eliminação de verborragias desnecessárias. Deixem José Maria e/ou Maria José fora da pauta.
Enquanto isso, vamos nos empobrecendo nas redes sociais, com discussões inúteis e vazias em sua excessiva maioria, com truculência aqui, puxa-saquismo acolá, uns mais, outros menos, deixando-nos enfadonhos e desmotivados com tanta baixaria e inutilidade. No WhatsApp, dizem que temos dois tipos de grupos: – os monitorados pelo poder e os que esperam a “boquinha” para ser monitorados. Ainda bem que não temos isso na terra de Tristão de Castro e Major Eustáquio!
Na vida real, longe dessas discussões, precisamos agradecer o trabalho feito pela PMMG, notadamente nos bairros universitários, onde, praticamente sozinha, combate desde o som excessivo, o consumo de álcool, o barulho de motos e, principalmente, marginais no tráfico e no uso de drogas ilícitas, como noticiado no início da semana aqui, no JM. Nesse quesito, a rede social também trabalha contra. Está difícil!