Bom saber que tem luz no fim do túnel. Esta semana, convidado pela Aciu, o ex-candidato a Presidente da República, com um currículo invejável, tendo sido vice-governador de SP, secretário de Estado do mesmo Estado, ministro da República, presidente do SEBRAE, presidente da Associação Comercial de SP, o competente Guilherme Afif Domingos, falou para diretores e associados sobre o momento que vive o Brasil. Quando candidato a Presidente da República, em 1989, na primeira eleição efetivamente direta no Brasil redemocratizado, quem escreveu seu Programa de Governo foi o atual ministro da Economia Paulo Guedes. Liberal convicto, hoje Afif assessora Guedes. Lúcido, ciente deste momento que vivemos, com a maturidade advinda deste longo tempo de estrada, brindou os presentes com uma análise macro e microeconômica, rica em detalhes, sobre nossas necessidades e mazelas para dentro do país e visão sobre nossas relações externas, notadamente com os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias mundiais. Interessante a noção da necessidade de alianças estratégicas com países asiáticos, fato que incomoda mais os americanos do que outras nações, pela complementaridade destas economias, ao contrário da concorrência aos ianques, sempre preocupados em não ceder espaço a nenhum outro país. Citou a China em alguns momentos, mas lembrou que foi o Japão o financiador da revolução agrícola patrocinada por Alysson Paulinelli. O ex-ministro Alysson, indicado para o prêmio Nobel da Paz de 2021, reconhecido pelo salto científico e tecnológico que colocou a agricultura tropical – particularmente o então inexplorado bioma do Cerrado brasileiro – no centro da produção de alimentos do Planeta. Discorreu sobre as necessárias reformas da Previdência, já realizada, e a Tributária e Administrativa em tramitação. Como bom líder classista e empresarial, conclamou os empresários e líderes locais para mobilização para se evitar distorções nas reformas em andamento. Interessante a lucidez de, mesmo sendo homem de governo, entender que não se defende o indefensável. Não se esqueceu de comentar programas que irão fomentar a retomada das atividades que mais sofreram na Pandemia. Noite de prosa boa, quase duas horas de troca de ideias com o gostinho de quero mais. O Brasil tem caminho, e ainda gente competente para nos liderar olhando para o futuro. Alternativa inteligente para uma necessária despolarização tão funesta num país de mortos e falidos. Que fique a reflexão!
Na seara doméstica, vamos tentando minimizar os efeitos da Covid-19, com a tão sonhada redução de infectados e óbitos, tentando evitar a terceira onda ou a efetiva prolongação da primeira, iniciada em fevereiro/março do longínquo 2020. A receita? Vacinação em massa da população adulta brasileira. A vacina pode não ser 100%, mas ainda na palavra de muitos, inclusive do Afif, o mais eficaz antídoto contra o vírus. Aliás, nem futebol, nem eleição se ganha com 100%, apenas com maioria de pontos e votos. Que fique também esta reflexão!
Na terra comemoramos a suspensão do leilão da área da sonhada UFN V, pelo governo estadual. Em curso a licitação da ZPE, e ainda temos outras boas notícias para sonhar com uma nova onda desenvolvimentista da nossa Uberaba. A população anseia por retomada efetiva, sem falsas promessas, para o Anel Viário, o Gasoduto, duplicações de rodovias e concessões, que são estruturantes e geram emprego e renda, até que a retomada da Educação alcance novamente nossos jovens, habilitando-os para este novo mercado de trabalho. Eu acredito e sonho com esta vontade de nossas lideranças.
Que o frio nos encontre mais aquecidos e solidários. Ah, como seria bom o binômio solidariedade e ação efetiva em tudo. Um julho de boas-novas para todos!
Karim Abud Mauad - karim.mauad@gmail.com