Em Alateia, no governo de Prodmo, o derradeiro, nasceu Credôncio, o primeiro, filho de Trentóclio...
Em Alateia, no governo de Prodmo, o derradeiro, nasceu Credôncio, o primeiro, filho de Trentóclio, o quarto da dinastia Printoriana. Gomel, o macabro, filho de Credôncio, era o dono da maior gleba de Alateia, sua esposa era Juceia de Cangélida. Genitora de Cletônio e Sância, esta, futura régia de Gáspria, reinado pós-extinta Alateia. Órmio, o birrento, saiu das entranhas de Nárida, filha de Sância, a amena, sobrinha de Crelônia, a gorda, irmã de Nérida, a bastarda, mãe de Gádrio, o inútil, sedutor de Talmíria, a virgem, mãe adotiva de Daucênio, o rebelde, rival de Plênio, o incorreto, malfeitor de Arsênia, a desejada, irmã de Drésio, o poeta, genitor de Heldônio, o inofensivo, roubado de Galpo, o malvado, filho de Brólio, o sacerdote, cujo pai era o papa Pagomius IV, o peregrino, sobrinho de Glênio, o rico, primeiro feitor de Alateia. Curador de Gáspria, governada por Olzênia, a megera, mãe de Triônio, o incansável, seguidor de Pagomius, pai de Alcandeu e Gominda, a gulosa, enfeitiçou Miron, o chucro, que a embuchou de Melônia, a insana, que nasceu já ávida por Eulônio, o gigante. Ele, genitor de Mélopa e Bérito, o insaciável, que trouxe ao Mundo, Vólida, neta de Melônia, a ávida, que além de Eulônio, foi-se amar com Glamel, o irresistível, pai então de Borélia, a sedutora, que também fez Glamel avô de Catrília de Além-mar, a retirante, que foi-se achar nos braços de Prêmulo, o grosso, fiel amante, deu dois rebentos a Catrília: Fêrvula e Drimon, o rabugento, que se encostou em Coneida de Prímula, dando-lhe crias pegajosas, Sárnia, Aníndia e Ralites, o perseguido, cujas prerrogativas de reprodutor o confirmaram pai de Colédia e Preápolo, ambos filhos de Alileia, a majestosa, escolhida de Raflites. Ela também se deu com Ergótico, o intragável, rendendo mais dois rebentos para a prole dividida entre Raflites e Ergótico. Este também se acotovelou em Lamíria, bisneta de Gomel, que, lançando-se a Ergótico, conferiu-lhe gêmeos, Durgrão e Grãodur, os idênticos. Dividiram e coabitaram com Bipolérida, a cujos filhos não se pode identificar os pais. Gomel, o aborrecido agora, não admitia a indefinição e por sorteio escolheu Merílio para Grãodur e Limério para Durgrão. Merílio, o ousado, tratou logo de se achegar em Chérida, a pretensiosa, embelezando-a com a prenhez de primeira vez, ofertando a vida a Concépia, a prematura, nascida de oito meses. Honrando a prematuridade logo se fartou e encontrou Longuínio que a cobriu em gravidez gerando, primeiramente, Azego, o suave, e posteriormente Manfrus, o incauto, que descuidadamente foi pego cativo de Mírmia que concebeu Tremúlio, o intrépido. Azego não prosperou em prole. Tremúlio, com sua intrepidez, foi trepidar em terras de Algália que o acolheu rendendo-lhe dois, Mério e Célido, que seguiram vida sem vida com outra. Algália não parou em Trêmulo, correu a abraçar Coriléu, o impecável, para fecundar e depois batizar Rogânio, o sagaz, que deu duas netas a Algália. Faina e Tartula, a ansiosa, que desejosa de "maternar" já foi havendo com Trídio o filho Concídio, o inconstante. Concídio concluiu a dinastia Printoriana com Rudeia, última pertencente ao clã que em rude plebe se transformou. Os descendentes, a partir de Rudeia, vivem e morrem em Ruinópole e pouco ou nada sabem de seus antepassados. É como o leite derramado que não dá pra ser juntado.
(*) Engenheiro
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