Um dos mitos que se mantêm ao longo dos tempos, na área do conhecimento, é a dificuldade...
Um dos mitos que se mantêm ao longo dos tempos, na área do conhecimento, é a dificuldade com a matemática. Digo mito pelo fato de que já se entra na escola com esse preconceit matemática é um bicho-papão. Matemática é o cão. Cuidado com a matemática. E por aí vai. É possível que grande parte dos que se enroscam com a matéria foi vítima dessa mitificação que atravessa séculos e sobrevive até hoje. Daí a predisposição em rejeitá-la. Claro que há aqueles que de fato não se entendem bem com ela por questões naturais, de aptidão e inclinação por outros assuntos e matérias.
Sei que é lugar comum quando se fala que a matemática está presente em toda atividade humana e que a política é exercida por todos nós o tempo todo, que o ser humano é um animal político. Cito estas referências para estabelecer relação entre as duas ciências, mesmo sendo uma exata e a outra humana. Várias expressões, atitudes e posturas têm termos correlatos entre ambas. Vamos a alguns bem conhecidos: o presidente subiu a rampa (hipotenusa) do palácio do Planalto com a presença de políticos da situação (cateto adjacente) e da oposição (cateto oposto). O Congresso Nacional é composto por duas semirretas paralelas (dois edifícios centrais) e duas calotas esféricas (Senado e Câmara). O fulano é um político hábil porque sabe somar, já o beltrano é inábil por provocar divisão. Será preciso um trabalho sério para equacionar o problema da imagem de determinados representantes do povo. Em seu discurso o vereador apenas tangenciou o problema, não agiu com retidão. Perdeu a oportunidade de se tornar o expoente dessa bandeira.
Bom, poderíamos ficar elencando muitos outros exemplos, mas agora vou dedicar especial atenção ao vínculo entre limite de uma função e política. Na matemática o limite é calculado com precisão e é determinante para diversos cálculos. Na política qual é o limite? Para muitos parece não existir. Para atingir determinado objetivo e interesse, nem sempre coletivo, pode valer tudo, usar de todos os meios, passar de todos os limites, usurpar, mudar de lado, difamar, perjurar, tramar sorrateiramente. Creio que a associação correta entre limite e política é a ética. Quando ela falta, o limite perde a função, deixa de existir. Derrubar mitos prejudiciais é salutar para obtermos um conjunto solução de resultados que valha a pena fazer a grande e boa política. A matemática esta aí para ajudar. Basta seguir as regras, não tem erro.