ARTICULISTAS

Minas são muitas

Com todo respeito aos que empunharam e aos que hoje são simpatizantes da bandeira do Estado

Luiz Cláudio dos Reis Campos
lucrc@terra.com.br
Publicado em 22/05/2018 às 19:04Atualizado em 16/12/2022 às 01:28
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Com todo respeito aos que empunharam e aos que hoje são simpatizantes da bandeira do Estado do Triângulo, sempre tive convicção contrária à tese. O Brasil é um país de contrastes sociais profundos. Teremos sinais de efetiva transformação quando essas diferenças forem diminuindo continuadamente, sem retrocesso. Por isto são necessárias políticas de compensações que viabilizem às regiões mais pobres e carentes dignidade e qualidade de vida. Minas é, em boa medida, síntese do Brasil quando observamos suas regiões nos diversos aspectos e índices de desenvolvimento e oportunidades de cada uma delas. Assim como no Brasil, aqui dá para percebermos nitidamente as diferenças culturais, de costumes e principalmente sociais no que se refere ao nível de renda e condições humanas. Como dizia Guimarães Rosa: “Minas são muitas” e ele tem toda razão, são muitas mesmo. Locais como Sul de Minas, Triângulo Mineiro têm posições socioeconômicas bem melhores que o Vale do Jequitinhonha, com indicadores sociais muito baixos e com parte de sua área com características do sertão nordestino. Essas diversidades são gritantes e, nelas, aquilo que para uns são oportunidades, para outros são adversidades. Desta forma sempre entendi que o Triângulo pode exercer um papel de valorosa colaboração no enfrentamento e ao combate dessas incômodas diferenças em Minas. E esta destacada posição do Triângulo pode elevar-se ainda mais tendo em vista sua participação mais efetiva nos destinos do Estado. Vejo com entusiasmo e esperança que se concretize a sinalizada composição para a eleição de outubro ao Governo de Minas que convergirá para dois nomes com afinidades superlativas em relação a possíveis divergências naturais da política e do próprio ser humano. Falo da chapa que se desenha integrada por Anastasia e Marcos Montes, cuja sintonia, experiência política e administrativa falam por eles dois ao longo de suas trajetórias. Nas articulações políticas raramente se tem a chance de compor uma chapa majoritária com duas pessoas que, além da afinidade, têm um profundo respeito e lealdade mútuos. A hora é ímpar para Minas e consequentemente para o Triângulo, que poderá desempenhar a missão grandiosa de fomentar e integrar o desenvolvimento do Estado, fortalecendo-se ainda mais com a reciprocidade que é característica dos mineiros. Minas unida é mais forte e mais aguerrida. Que prevaleça a feliz ideia Anastasia/Marcos Montes.

(*) Engenheiro

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