Sigo o que fui, sou o que era, assim é a Primavera de versos. Concebida na unidade da diversidade
“Sigo o que fui, sou o que era”, assim é a Primavera de versos. Concebida na unidade da diversidade, retrata exatamente a imensidão da alma poética do autor. É a unidade na essência da diversidade que nos oferece uma obra comprometida com a ética da estética e a estética da ética. A palavra devidamente cultuada para compor o livro foi escrita, certamente, desde a datilografia e a esferografia até o teclado digital e o comando de voz. O que nada mudou é o carinho e o respeito à palavra com todas as letras. Dioclécio nos brinda em seu universo, a partir de sua ótica, com o show da vida, do pulsar mental mais singelo, mais terno e, também, mais vigoroso. Uma viagem plena de incursões fantásticas que nos permite visitar a nós mesmos, posto tratar em cada verso a natureza humana como protagonista de sua trajetória poética e, porque poética, também de vida. O título da obra é de um significado esclarecedor, graças aos poemas escritos em várias estações temporais e geográficas. Por assim ter ocorrido, e com o devido zelo métrico, poético, de antanho até hoje, surge a primavera em todas as quatro estações, cujos conteúdos são sempre instigadores dos sentimentos que nos diferenciam e nos possibilitam, chamarmo-nos humanos. Polinizando letras, germinando palavras, brotando versos como pétalas se abrindo, Dioclécio foi plantando e cultivando, desde tenra idade, o lírico e o épico em magistral harmonia no jardim de poemas de Primavera de versos. Seguramente, esta obra conduzirá o autor, em vida, às companhias de Augusto dos Anjos, Castro Alves, Cecília Meireles, Drumond, Pessoa e de tantos e tantas outras que eternizam a poesia como a mais completa, bela e real forma de expressar a vida como ela é. Este é um livro a céu aberto, portanto, importante ser descoberto e trazê-lo sempre perto.
O texto acima é o prefácio de minha autoria, com muita honra, do livro Primavera de Versos, de Dioclécio Campos Júnior, cujo lançamento ocorreu dia 14/01/2017, em Lisboa – Chiado Café Literário. O livro será, oportunamente, lançado em Uberaba.
(*) Engenheiro; articulista do Jornal da Manhã em Uberaba