13 de março... eu vou???
Os acontecimentos da última sexta-feira movimentaram as redes sociais, os grupos de Whatsapp, os noticiários e as discussões nas rodas de amigos e vizinhos, tendo como tema principal a arbitrariedade ou não dos atos novelescos e pirotécnicos do Juiz Sérgio Moro, que já fez ou faz parte do quadro dos filiados do PSDB, assim como as críticas feitas pelo Ministro Marco Aurélio do STF.
Em Uberaba, tendo como notícia do Jornal da Manhã de sábado, Josimar (presidente do PT) e Karin (presidente do PSDB) procuraram dar um tom de contradição à visão dos fatos, sendo que cada um procurou puxar a sardinha para seu lado ideológico, deixando bem claro que estarão na marcha do dia 13 de março, ficando com um comentário mais maduro e neutro o ex candidato a prefeito pelo PSTU, o advogado Adriano Espindola ao afirmar que “... a operação policial foi claramente orquestrada para finalidades políticas e extrapolou a autoridade policial, que fez um espetáculo exibindo armas pesadas, camuflagem para selva e coordenação com a mídia. A ilegalidade e prepotência da operação não eximem Lula de responsabilidades e da necessidade de também ser investigado.”
Mas, voltando a 13 de março, onde o tema do movimento deveria ser “Fora Corrupção”, mesmo entre os organizadores e ramificações de participantes, sabemos que há uma briga pesada pelo poder sem que se saiba exatamente o que está acontecendo nos bastidores.
A luta pelo fim dessa intragável corrupção e velhacaria vem de muitos e muitos anos, talvez até mesmo antes da República. Até hoje sentimos os improvisos que impedem de formatar um País capaz de proporcionar uma qualidade de vida decente aos brasileiros, sem os engodos dos últimos anos.
O que tenho visto nas declarações midiáticas e nas redes sociais de alguns líderes do “Acorda Uberaba”, é que o poder subiu à cabeça e depois não saiu mais, desviando o cerne, o âmago da questão que aflige o País, que é a corrupção em geral, em todos os poderes e classes sociais, enquanto alguns “chefetes” ficam com o dedo apontado para este ou aquele político e partido, tentando achar um ou dois Judas para malhar. Sei que todos têm direito de protestar. Resta saber se estes líderes querem, ou temem as transformações de fato contra a corrupção.
Dia 13 tenho vontade de ir, mas penso se não será mais uma mobilização, um encontro de bandeiras partidárias, assim como muitas passeatas em que se via mais assessores de vereadores, os vereadores, candidatos a cargos eletivos de outubro, radicais fascistas de extrema direita e esquerda, inconformados por derrotas nas urnas e outros lorpas mais?
No dia 13 de março irei até onde será feita a concentração prévia para o movimento, esperando que sigam fielmente ao que foi proposto, pois assim como disse a articulista Marília Cordeiro, em seu artigo de sábado, “vamos mostrar que queremos o fim da corrupção. Que queremos ética na política. Que queremos um Brasil melhor para nossos filhos, netos, para nossas famílias”.
Marco Antônio de Figueiredo – advogado e articulista
