Esta semana foi diferente de todas as demais deste ano, onde vimos e vivemos momentos marcantes recheados de alegrias, preocupações, dissabores, nojo, tristezas, sustos, descobertas, muito trabalho, decepções e vitórias alcançadas.
Presenciamos pessoas com um calendário bem recheado de folhas riscadas pela experiência, comportando-se de forma infantil, demonstrando despreparo para cargos que ocupam ou ocuparam, pois, até hoje acreditam que são aquilo que foram, esquecendo-se que estiveram presidente, diretor ou gerente de algum órgão público ou de economia mista, mas que hoje.... bem... hoje estão na lembrança do que fizeram quando tiveram a oportunidade de tudo fazer.
Fatos e atos do dia a dia da semana que findou fizeram lembrar os pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens, conforme disse Fernando Pessoa.
Ouvimos comentários de políticos experientes que se arderam de ciúmes ingênuos, tentando chantagear através de sentimentos sórdidos das conquistas realizadas por seus sucessores, pois se estes políticos não conseguiram fazer em seu tempo, que se calem diante das vitórias realizadas pelos atuais dirigentes.
Vimos e ouvimos asneiras sem limites proferidas em tribuna, que poderiam ser evitadas consultando um assessor jurídico, mas, ao invés disso, tantas palavras torpes tivemos que escutar, ferindo a esperança por uma Uberaba melhor.
Mas, por quantas provas teremos que passar? Até quando teremos que ouvir palavras inócuas ditas por “representantes do povo”, sabendo das malas e cuecas que voam entupidas de dólares, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar ou para pagarmos a saúde de nossos filhos e pais, mas que esse dinheiro, na verdade, viaja na bagagem da impunidade?
Enquanto isso, convivemos com políticos ensinando a ser corrupto, ou criticando o que está certo, somente para aparecer na mídia, enquanto outros companheiros de bancada ou legislatura vão caminhando contra o vento, sem lenço ou documento, no sol que se reparte em crimes, vendo espaçonaves, ou guerrilhas em “Cardinales” bonitas, nesta terra conquistada por Cabral, que tem por estigma de que aqui “quase todo mundo rouba, pois quase todos aqui são corruptos, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
Deve existir uma forma de mudar tudo isso que se estampa diante de nossos olhos, pois na juventude vivíamos aprisionados pela falta de liberdade de ir e vir, de sonhar e, mesmo assim conseguíamos nos entender nas entrelinhas das canções como “Coração de Estudante”, que nos ensinava que bem mais perto que pensamos está a folha da juventude, pois já podaram seus momentos, desviaram seu destino, seu sorriso de menino quantas vezes se escondeu. Mas renova-se a esperança, a cada dia e há que se cuidar do broto pra que a vida nos dê flor e fruto.
Sei que não dá para mudar o começo da história, mas tem que existir uma fórmula para mudar o final e acabar com tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade deste bando de políticos despreparados, que sobem no pedestal da vaidade e da falta de humildade, mas nunca reconhecem seus erros cometidos, usando sempre de “floreios” para enganar o cidadão.
Marco Antônio de Figueiredo
Articulista e Advogado
Pós-Graduado em Ciências
Políticas pela UFSC
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