Amor sem limites
William Shakespeare já dizia: “O amor só é amor se não se dobrar a obstáculos e não se curvar às vicissitudes; é uma marca eterna que sofre tempestades sem nunca se abalar”.
Mas o que me fez lembrar Shakespeare nos conceitos do amor em pleno domingo, após um encontro entre amigos na casa do engenheiro Mateus Arantes Toffoli e Edna?
Para mim, não é difícil encontrar a resposta, pois se trata do dia do aniversário de minha esposa, Regiana. Fecho os olhos e lembro-me do primeiro dia em que a vi e mantemos aquela mesma chama acesa após tanto tempo.
Também é incontestável que o tempo fez brotar em nós um amor de verdade. Aquele amor que tem mais respostas do que dúvidas. Um amor que tem endereço certo, tem cheiro de paz, que faz brotar um sorriso de cumplicidade, de afeto, às vezes de saudades e de felicidade por estarmos juntos em todos os momentos.
Ontem, Regiana comemorou mais um ano de vida e, ao abraçá-la, lembrei-me de uma peça de Shakespeare em que ele fala de um tipo de amor que todos querem e que nós nos doamos. É aquele amor sem limites, um amor de verdade, um amor-doação, de entrega em que se ama amar.
Assim como no enredo da peça de Shakespeare, quero poder estar casado com você, minha “Baixinha”, por muitos e muitos anos e guardar aquele brilho em seu olhar, como na primeira vez que nos vimos, assim como continuar a desejar um bom dia quando acordar e dar e receber um beijo antes de ir ao trabalho. Ao retornar, muitas vezes cansado dos afazeres, ser recebido como nestes quase vinte anos de felicidade, com muito amor, carinho, fatos esses que fazem renovar minha paixão por ela.
Muitos me perguntam como conseguimos manter a chama acesa após tanto tempo. É simples, não há lógica no amor verdadeiro. Basta um conhecer a alma do outro para poder renovar a paixão a cada dia. Sentir o cheiro de nossos corpos da mesma forma de quando nos vimos pela primeira vez. Basta fecharmos os olhos para nos lembrarmos do porquê de gostarmos tanto um do outro e por que precisamos tanto nos tocar, conversar, nos beijar e nos amar.
Em uma de suas crônicas, Arnaldo Jabor disse: “O amor não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera”.
É esse amor que tenho e sinto por você, “Baixinha”, minha esposa, amiga e companheira. Saiba que vou permanecer ao seu lado, aconteça o que acontecer; jamais me esquecerei da importância sua em minha vida e não dá para enxergar um dia sequer com a ausência desse amor.
Parabéns pelo seu aniversário! Te amo!
Marco Antônio de Figueiredo
Advogado e articulista