Lendo, sábado, a crônica escrita por Dr. Ricardo Cavalcante Motta, “Amigo meu nunca morre”, veio-me uma sensação diferente no peito, mesclando a saudade, o ardor da paixão e do verdadeiro amor, nas lembranças daqueles amigos que seguiram os rumos da eternidade antes de mim.
Sim... Dr. Ricardo mexeu na biblioteca do subconsciente e do consciente, fazendo-me relembrar crônicas e poesias de grandes autores, como Vinícius de Moraes, Miguel Esteves Cardoso, Miguel Ciarlini, Albert Einstein, Augusto Branco e tantos outros, sem contar letras de músicas em todos os tipos de ritmos.
Realmente a verdadeira amizade não morre nunca. Atravessa o tempo e deve continuar através das moradas do Pai celestial, também denominado como planos espirituais e, talvez por isso, às vezes, encontramos alguém que não sabemos por que, já o conhecemos em detalhes inexplicáveis.
Mas que força é esta que faz a amizade ser indestrutível? Seria simples de responder se conseguíssemos entender a existência do amor, pois quem nunca andou nas nuvens por causa de um olhar que o enfeitiçou como se fosse a energia mais poderosa do mundo?
Lembrando as palavras de Priscila Rôde, “amigo é aquele que nos ama sem nos mudar, que acredita naquilo que fazemos e falamos com uma fé que remove montanhas, buscando uma forma de se encontrar, nem que com isso as grandes distâncias sejam transformadas em pequenos espaços, sabendo dividir as melhores estradas sem desviar as nossas lágrimas e descolorir nossas estrelas”.
Mesclo a crônica do Dr. Ricardo Motta com os artigos da escritora Silmara Trindade, para afirmar que é bom ter verdadeiros amigos, por conhecer Fábio Prado, Marcelo Genari, Mariano Leite, Júlio Bernardes, Abner, Caricio, Fakher, Cleber da Autoelétrica, Vitor Maluf, Jaime Moisés e mais alguns que é bom saber que eles existem. Esta condição, como diz Vinicius de Moraes, me encoraja a seguir em frente pela vida. Infelizmente, não os encontro sempre e com isto, alguns não sabem que têm seus nomes na relação de meus amigos.
É descrito como ditado popular que amigo é mais do que aquele que te olha e enxerga tua alma sem te deixar sentir-se nu, ou aquele que ouve a tua voz e te decifra os pensamentos e sentimentos, que te diz as verdades, mas te defende e ajuda nas consequências dos erros...
Ratificando as palavras do articulista Dr. Ricardo Motta, a amizade verdadeira dura para sempre, não tem tempestades da paixão e nem a inércia da falta do comprometimento, pois é movida pelo amor puro e sincero, vivenciando a sensação do estar perto exigindo ao mesmo tempo, o tudo, mas contentando, às vezes, com o nada, ou seja, pode se dizer que este fato só perdura pela eternidade através da cumplicidade do amor e da amizade, a verdadeira “amorizade”.
Marco Antônio de Figueiredo
Advogado e articulista
Pós-Graduado em Ciências
Políticas pela UFSC
marcoantonio.jm@uol.com.br
