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Bandidos de ontem e de hoje

Esta é a hora propícia para todos nós brasileiros vestirmos de branco, buscando a paz contra a violência dos assaltos silenciosos e contínuos contra a saúde e vida dos anciões, a guerra contra...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 21/12/2009 às 23:56Atualizado em 20/12/2022 às 08:53
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Esta é a hora propícia para todos nós brasileiros vestirmos de branco, buscando a paz contra a violência dos assaltos silenciosos e contínuos contra a saúde e vida dos anciões, a guerra contra o tráfico, a violência contra a mulher, e todo o tipo de preconceito, não podendo esquecer que há outra violência que também precisa de um basta, a violência ambiental. Quando éramos crianças, sempre vimos os super-heróis combatendo e vencendo os chamados arquiinimigos e sonhávamos com aqueles seres fortes e invencíveis que pertenciam à “Liga da Justiça”, tais como o Super-Homem, o Batman, O Homem Elástico, a Mulher Maravilha, Tarzan e tantos outros.   Hoje, o que vemos é totalmente o contrário, onde os chamados bandidos de outrora são vistos, na maioria das vezes, como heróis ou representantes do povo. Antes, era comum falar, admirar e comentar os versos e prosa de Camões, Machado de Assis, Vinícius de Moraes, os discursos de Juscelino Kubistchek, Carlos Lacerda, Getúlio Vargas, entre outros.   Atualmente, o que vemos são manchetes estampadas onde um presidente afirma em alto e bom tom assim, digamos, com odor de analfabetismo e pobreza de espírit “Quero tirar o povo da merda”, demonstrando o que nossa pátria transformou após ser governada por ele, ou seja, uma verdadeira latrina. Antigamente os bandidos tinham mais classe e escrúpulo, vivendo no chamado submundo. Podemos citar, Barrabás, Al Capone, O Esqueleto, Lorde Coelhão, Lampião, Coringa, Madame Satã, Bandido da Luz Vermelha, Bandido do Trem Pagador, Chico Picadinho, entre outros.   Agora, os bandidos são mais perigosos, pois fazem parte da grande massa que usa colarinho branco, cueca de elástico e fundo falso para guardar dólares; meões largos capazes de guardar milhões de reais; malas, maletas e maleiros, jalecos multicoloridos onde podem enganar seus clientes ou pacientes, fazendo tratamentos intermináveis, extorquindo e furtando o sagrado dinheiro da aposentadoria de seus entes queridos já anciões, cobrando e fazendo um tratamento por longos e intermináveis 30 anos.   Os bandidos de hoje, em sua grande maioria, são refinados, doutorados, gostam de ser chamados de mestres ou professores, chegam a falsear a voz, o andar e até os cabelos brancos, escondendo através de tintas e outros recursos, as feições que os anos de vida lhes impõem, pintando os pêlos, como uma máscara que esconde sua verdadeira face.    Os pequenos ladrões de antigamente eram os ladrões de galinha. Hoje, são os filhos adotados pelo tráfico que estão dispostos a matar seus familiares para arranjarem o dinheiro suficiente para comprar uma “pedra” ou uma “fileira de pó”. O pior é que está difícil enxergar uma solução a curto ou médio prazo para este esgoto a céu aberto que escorre por todos os cantos e meios do planeta terra, pois não podemos contar com os dirigentes mandatários das principais potências mundiais que só querem o poder pelo poder, deixando os demais habitantes da terra a lutar pela própria sobrevivência, criando, cada um por si, o próprio saneamento básico.     

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