Ao ler o Jornal da Manhã de sábado tive inspiração para escrever este texto para quem enxerga que há muita coisa errada acontecendo.
Não sou de ficar calado diante do que tenho visto e escutado nas rodinhas daqueles que se dizem analistas políticos, mas assim tenho me mantido. Só que desta vez não dá para calar e tenho que demonstrar meu desgosto profundo pelo que tenho lido por aí. Tudo tem limite. Fazer pouco caso do posicionamento político do outro não faz você melhor que ninguém. Faz de você um imbecil.
Nelson Gonçalves já dizia que "A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas”.
A verdade é que o caldeirão político nesta terra de Major Eustáquio tem entrado em ebulição nas últimas horas, com o entra e sai de apoios, como rotina na política. Muito lero-lero e bafafá fazem o cardápio diário de partidos e pré-candidaturas, onde alguns apoios se consolidam, outros se comportam como nuvens passageiras e uma minoria leiloa a candidatura, para ver quem dá mais.
Em Uberaba, pelo desespero aflorado e publicado, deixando uma clara demonstração de despreparo e insanidade política, tudo leva a crer que tem gente que vai ficar como o "Menino da Porteira", sentado à beira do caminho, ou esquecido no mesmo banco, na mesma praça, vendo a banda passar.
Pelo visto, começou a apelação... surgem das cinzas os zumbis e múmias paralíticas que não se conformaram com a derrota de 2012. Alguns “membros da escolinha do professor Raimundo” voltam a perturbar o eleitorado uberabense, pois nem mesmo o colírio e óculos escuros foram suficientes para apagar da memória o foguetório, que anunciava que faltou voto, para os leros-leros que ressurgem.
Na escolinha uberabense do falecido professor Raimundo, senta no primeiro banco, o “Seu Boneco”, aprendiz assíduo das manobras de Brasília, que deve usar o bordão "Aí eu vou pra galera!" "E ô e ô, Seu Boneco é o terror!". Ao seu lado o “Rolando Lero” continua com o seu “Amado mestre...”, Captei! Captei a vossa mensagem...". No centro das atenções está o Mágico de Oz, aquele que, nada fez, consegue inaugurar o que está por fazer e ainda convenceu os menos preparados, de que tudo está feito e funcionando. Este com sua simplicidade, educação e carinho com os funcionários quando estava à frente da administração, talvez use o bordão "Eu sou o Bragança! Quem encher minha paciência, dança!". Também em um passe de mágica pode surgir a “Marina da Glória”, com seu sorrisinho maroto faland “Chamô...Chamô??.
A verdade é que, talvez por medo de novo foguetório, o lero-lero começou mais cedo, com chiliques de comparsas, que compram espaços na mídia, com explicações do inexplicável, com argumentos que não dão Para Enrolar Ninguém.
Pelo visto, o fornecedor de fogos que se prepare para repetir a comemoração de quatro anos atrás, pois o jeito sujo de politicar, tentando denegrir a imagem do adversário com lero-lero, o povão conhece bem e não se deixa mais iludir.
Marco Antônio de Figueiredo – Articulista e Advogado