Que sou fã de carteirinha das expressões firmadas pela jornalista Fabiana Silbor, não é novidade. Mas, no último final de semana, ela se superou ao afirmar que nos bastidores políticos as inquietudes viraram conchavos, pois é muito ego para administrar.
Não dá para ignorar a batalha de vaidades e hipocrisias reinantes na busca do poder pelo poder, por aqueles que “enfiaram de cabeça” no pote do novo governo municipal. Afinal, quem manda mais? Quem “está melhor na fita”? Quem aparece mais? Quem seria o mais cobiçado e o mais próximo do Prefeito?
Como disse Salomã “Vaidade... Tudo é vaidade...”, pois sabemos que o que define a vitória a ser alcançada por uma pessoa não são as roupas que ela veste, o que ela escreve ou que fala, mas é sua personalidade, seu caráter, sua verdadeira identidade diante de si própria e de toda sociedade.
Não buscamos somente homens para fazerem parte de uma administração. Buscamos a competência e o comprometimento com o poder fazer o melhor de si, composto por qualidades conforme o perfil que a sua “pasta exige”.
Estamos assistindo nestes cem primeiros dias de governo, aqueles que mostram mais suas qualidades, enquanto que outros não se importam de simplesmente exibir os defeitos, “brincando de agentes secretos” da administração anterior, reportando diuturnamente a tudo que acontece nos bastidores do centro administrativo, das autarquias e da Cohagra, “fofocando” e recebendo instruções, muitas vezes não condizentes com a confiança que lhe fora depositada. São os chamados “conchavos” políticos de adversários nas eleições 2014.
O exército formado por ex-assessores “de confiança”, “espionando” as atitudes daqueles que chegaram há menos de 100 dias ao poder administrativo municipal, listando dificuldades encontradas e criando empecilhos e outras “encrencas” propositadamente, está escancarado aos olhos da sociedade e de jornalistas experientes como Lídia Prata, Carlos Paiva, Renata Gomide, Evacira de Coraspe, Fabiana Silbor e outros.
Não dá para tapar os olhos e silenciar diante de tantos “conchavos” saltando aos olhos, afinal, eles são tramados e planejados em segredo pelos corredores e ligações de celulares, onde sua força e eficácia estão no fator surpresa. Se descobertos certamente desmantelará o objetivo pretendido, expondo seus idealizadores à vergonha.
Comungo com um artigo que li, cujo autor não se identificou, onde afirmara que “malditos sejam todos hipócritas que crescem a partir de sua incompetência e do ato de fazer “conchavos”, na surdina e nos esgotos da política suja dos perdedores.” Que sejam demitidos estes “ratos” e “ratazanas” do poder, enviando-os à sarjeta da traição, pois esta é a verdade nua e crua, doa em quem a carapuça servir!
(*) Advogado; pós-graduado em Ciências Políticas pela UFSC