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Da nascente à cachoeira

Maio é o mês das mães, de homenagear os trabalhadores, de participar da maior feira mundial de gado zebu...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 30/04/2012 às 10:15Atualizado em 19/12/2022 às 19:55
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Maio é o mês das mães, de homenagear os trabalhadores, de participar da maior feira mundial de gado zebu, de afunilamento nas decisões políticas, de aproximação do inverno e do cuidado para não se queimar nas composições e definições para as eleições de 2012.

Caciques, índios, peões, coronéis e curiosos se acotovelam para aparecer na mídia, buscando um lugarzinho ao sol, visando abocanhar uma cadeira para a ceia farta, em que se distribuem os cargos de confiança, funções e designações de “aspones” nas prefeituras espalhadas por todo rincão tupiniquim.

Por aqui, terra zebuína alimentada de orgulho mocho, desde o arraial em que se permitiu o apodrecimento da farinha e adotada por um triunfante Major, seus dirigentes, muitas vezes forasteiros ou “caixeiros viajantes” portadores de malas e malotes mil, apadrinham jovens mancebos neófitos, que guerreiam para se tornarem conhecidos, forçando através da mídia, imagens de que possuem alguma experiência de mando ou comando.

O que vimos nos últimos acontecimentos políticos por aqui, se comparada com a situação escandalosa da política nacional, onde tiveram sete quedas de ministros e um “Rego” para fiscalizar a CPI do “Cachoeira”, poderíamos afirmar que entre os pré-candidatos, pretendentes, dirigentes e outros mais, encontrarão algumas nascentes, córregos, quedas d’água, certas cachoeiras, muitas cascatas, cascateiros e infindáveis cataratas.

Tem gente que se faz de pré-candidato só para aparecer. Outros aparecem na mídia com aquela cara do anão Zangado, que defende com unhas e dentes, a sua “Branca de Neve”. Não faltam também aqueles que não têm condições de angariar recursos financeiros ou até mesmo de comprar um sapato novo em uma loja de 1,99 e se declaram candidatos ao cargo majoritário. Não dá para esquecer aquelas hienas que se associam aos vermes da sociedade que só sabem dar “rasteira” e agem sempre na calada da noite, nos chamados bastidores das siglas partidárias.

A verdade é que as águas vão rolar com mais intensidade a partir do termino da Expozebu, fazendo com que o curso normal da vida permita que as nascentes se transformem em córregos, formando os rios, que muitas vezes recebem as chuvas e transbordam deixando poças d’água e lagoas, até chegarem ao mar. Alguns desses rios, enfrentando as forças da natureza, são presenteados por “aquelas” cachoeiras, às vezes construídas por deltas, quando não, vemos surgir cascatas e cataratas pelo caminho.

Faltam 153 dias para as eleições e devemos ficar atentos e combater o poder da manipulação daqueles atores que se apropriam da linguagem das mídias, para exercer o controle social sobre os eleitores, que fixam mais na estética das imagens do que na força da razão, permitindo que outras “cachoeiras” invadam as administrações públicas.

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