Sempre leio o Jornal da Manhã enquanto tomo o café matinal. Uma manchete de capa me fez sentir pena ao ver que o peso da derrota massacrante em todos os níveis da política local, abalou as estruturas daquele que sempre demonstrou força, enquanto tinha o poder nas mãos.
As declarações, neste domingo, do político e ex-prefeito derrotado dentro de seu próprio partido e nas urnas, foi lamentável e nos dá a certeza de que está ferido de morte, moribundo e na UTI, dando seus últimos suspiros para se fazer visto, nem que lhe custe as piadinhas que ecoam nesta terra, que neste último ano tem deixado de lado o odor da podridão daquela famosa farinha de outrora.
Se analisarmos o que foi dito e publicado por aquele que governava com punhos erguidos, mãos de tesoura e reações temidas por todos que o rodeavam, ficamos sem saber como interpretar.
Seria aquele que usou e abusou de uma inaceitável Lei Delegada que vem agora propor uma discussão ampla sobre o gasoduto? Será isto mesmo? Seria o mesmo governante tido e havido como tirano e fechado para qualquer tipo de conversa ou discussão amigável com os funcionários públicos e população; que agora, num momento de inveja pela conquista de Paulo Piau sobre a vinda do gasoduto, vem a público falar em “discussão ampla com a sociedade”?
Seria uma discussão amigável como aquela proposta ao Mariano Leite em 2004, firmando um compromisso registrado em cartório e nunca cumprido?
Será uma preocupação inflamada pela inveja de seu ex companheiro do PMDB e atual prefeito de Uberaba, Paulo Piau, que em menos de um ano de governo resgatou a educação no tratamento com a população, a confiança moral, administrativa, fazendo pela cidade, pelos bairros rurais e funcionários públicos, muito mais que o ex-ministro da turma do Lula fez em oito anos?
Será que o comentário cheio de ciúmes e inveja daquele político velhinho de barbas brancas estaria relacionado a seus atos e promessas não cumpridas, como as 10 mil casas, os 98% de esgoto, o hospital regional, as reformas das escolas municipais, o Cyber Café, o um milhão de árvores plantadas que somente existiu na propaganda usada na mídia?
Será que ele, o velhinho de barbas brancas que perdeu a força da caneta do poder, no desespero, tenta aparecer na mídia, mesmo que seja falando as sandices e besteiras publicadas na mídia neste domingo, desconfiando da palavra do governador de Minas Gerais? Estaria ele querendo também uma discussão mais profunda pela recuperação do Lavoura e Comércio pelo povo uberabense, através da decisão igualmente histórica do prefeito Paulo Piau?
Prezado ex-prefeito, o melhor que tem a fazer é aproveitar as conquistas financeiras alcançadas durante o longo tempo em que esteve no poder. Hoje nada mais é que um político aposentado, com as madeixas e barbas brancas. Pegue sua bengala, apoie nela, “curta” seus netos, sua filhinha recém-nascida, viva a vida e deixe Uberaba crescer e desenvolver em paz e harmonia. Chega de polêmicas e discursos derrotistas! Que fique, pelo menos por enquanto, a sua imagem como o prefeito que mais fez Uberaba crescer nos últimos 50 anos!
Marco Antônio de Figueiredo
Articulista e Advogado
Pós-Graduado em Ciências
Políticas pela UFSC
marcoantonio.jm@uol.com.br