O Brasil realmente não pode ser analisado como um país normal. Certamente não queremos e nem podemos compará-lo com o desenvolvimento de países como Suíça...
O Brasil realmente não pode ser analisado como um país normal. Certamente não queremos e nem podemos compará-lo com o desenvolvimento de países como Suíça, Bélgica, Dinamarca, Japão, etc. Todos nós sabemos, ou pelo menos deveríamos saber, que nossa história é marcada pela perseguição do poder ditatorial dos “senhores feudais” e “coronéis do engenho” sobre colonos e escravos, sem contar do domínio nestes 500 anos de história marcada pela corrupção, e um grande discurso oligárquico de alguns falsos líderes sindicais para manter os cidadãos iludidos, inertes e miseráveis. Se olharmos para trás, nossos corações vão “disparar” ao lembrar dos horrores do poder, dos filmes da vida real e social burguesa, recheada de chanchadas, presidentes megalomaníacos, bêbados, aqueles que renunciaram e os “Ali-Babás” falando em “honra”, enquanto os 40 ladrões saqueavam o pouco de orgulho e valores que ainda existiam. Mas, voltando aos nossos dias, uma reportagem chamou a atenção ao divulgar que o Brasil é o segundo país, em todo o mundo, que mais “investe” dinheiro em educação - segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - estando em primeiro lugar outro país latino-americano. Sendo nós o vice-campeão em gastos com ensino, por que não obtemos, também, lugar de destaque mundial entre os melhores índices em educação? Países como a Coreia do Sul, Estados Unidos e uma infinidade de países que alcançam índices superiores em educação, gastam, infinitamente, menos. Por quê? Não precisamos dedicar muito tempo para chegarmos à conclusão óbvia quanto ao desperdício do dinheiro público, e por não alcançarmos melhores resultados qualitativo quanto à educação. Está sendo noticiado diariamente por toda mídia nacional, o escândalo das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), comprovando que o sistema educacional público, também, sofre com a corrupção-corporativista, que impede o Brasil de alcançar melhores índices, apesar de investir “rios” de dinheiro em educação. Estamos, sim, muito bem nos resultados quantitativos, mas em péssima colocação quanto aos resultados qualitativos medidos por índices estatísticos de desenvolvimento educacional. É revoltante, mas nenhuma de nossas escolas, de curso superior, consta da listagem das 100 (cem) melhores Faculdades ou Universidades do mundo. Certamente continuaremos no mesmo patamar classificatório, caso não sejamos competentes para superarmos a corrupção institucionalizada que penetra nas entranhas do nosso poder administrativo educacional. Assim como aconteceu em São Paulo, em passado recente, nesta semana a imprensa estampou a distribuição gratuita nas escolas da rede pública de Minas Gerais, material didático contendo “palavrões” e expressões não condizentes com a moral e os bons costumes. A verdade é que de nada adianta abrir as “torneiras da represa” abarrotada de reais para melhorar o ensino, a educação e a cultura de nossa nação; pois, é ilusão querer educar só com dinheiro, mas, sem trabalho, talento e coragem...
"Nosso desastre educacional mostra que o Brasil aprendeu a gastar, mas não aprendeu a ensinar". (JRGruzzo)