Em junho deste 2019 completam 10 anos que estou como articulista do JORNAL DA MANHÃ...
Lembro-me como se fosse hoje o que passava por minha cabeça em 08 de junho de 2009 ao escrever o artigo “O Direito de quem tem Câncer”.
Confesso que receio e um pouco de nervosismo tomaram conta de minha mente ao entrar neste seleto fórum de articulistas deste Jornal, que domina a informação em Uberaba e região.
Mas sempre fui de enfrentar os desafios novos que me são colocados no caminho da vida, até mesmo aqueles que penso que o coração não vai aguentar de tanto saltar, mas, com um ajuste aqui e outro ali, logo percebo que os desafios não param e saio vitorioso.
Durante oito anos, escrevi semanalmente neste diário jornalístico e essa atividade exercida muito me ajudou a continuar lendo cada dia mais, assim como a enfrentar os obstáculos que o tratamento a que me submetia contra uma leucemia, mantendo meu cérebro longe da falência, pelo uso e estímulo à inteligência, pela necessidade de continuar competente, absorver desafios, novas metas e resultados.
Passada a fase crítica do tratamento, assim como por questões profissionais que me absorviam o tempo, nos últimos dois anos passei a escrever somente de quinze em quinze dias, mantendo meu senso crítico, muitas vezes com crônicas e artigos dóceis, poéticos, satíricos e até mesmo apresentando sugestões e soluções através de nossas histórias e estórias.
Durante todo esse tempo, aprendi muito com as críticas, os elogios e a troca de ideias com leitores que me telefonaram, enviaram e-mails, me pararam nas ruas ou me visitaram no escritório, concluindo que mesmo as sátiras não diferem das coisas que inserimos nos artigos e crônicas, pelo entendimento daquilo que suas formas representam.
Lembro-me bem de um telefonema, dentre vários, dado pelo especial amigo, escritor imortal e também articulista do JM, Padre Prata, que me honrou ao afirmar que é leitor assíduo de meus artigos “pela composição e refinamento que estão nas pequenas inclusões dos detalhes ali inseridos, típicos daqueles que se preocupam com uma vírgula, ou por um mergulho a mais para formar o real sentido do que se pretende”.
Não sei por quanto tempo ainda continuarei a escrever neste espaço, mas, enquanto assim permitirem, sempre procurarei colocar em meus escritos mais qualidade do que quantidade no que faço.
(*) Advogado e Articulista