A última quarta-feira seria um dia comum como os demais, caso não tivesse deparado com vários funcionários da Justiça Federal vestidos de preto e com aparência abatida e preocupada, reunidos no saguão daquela casa do Judiciário.
Tive a oportunidade de conversar com vários deles e sentir que estavam inconformados com a falta de respeito do Governo Federal para com os seus funcionários.
Pude concluir que as medidas ditatoriais que estão sendo tomadas pelos dirigentes do governo federal e sob a tutela e aceitação da Presidenta Dilma, a “mãe-drastra” do Brasil, estão explorando e arrebentando com o ânimo e garra dos dedicados e competentes funcionários, esquecendo que são eles o maior patrimônio da Justiça Federal do Brasil.
Não precisou muito tempo de troca de ideias com aqueles que estavam ali dialogando e lutando por direitos constitucionais, para confirmar a falta de respeito com este pilar de sustentação para o bom funcionamento desta ramificação da Justiça.
A paralisação está tornando lento o andamento dos processos que tramitam nos tribunais, sem contar que a paralisação no TER poderá comprometer o planejamento das eleições municipais de 2012, as consolidações das filiações partidárias, a paralisação dos processos administrativos e judiciais - na primeira e segunda instância -, apesar dos grevistas garantirem estar mantendo os serviços emergenciais e de atendimentos ao eleitor, além do eletrônico no site do TRE e TSE.
Foi muito bem demonstrado a existência da precarização das relações laborais, com congelamento por 10 anos de aumento de salários, quando não, da própria reposição das perdas inflacionárias, fato este que choca frontalmente com direitos econômicos e o direito do trabalhor.
Não parecisa repetir que esta República tupiquinim, pintada de vermelho-sangue de norte a sul, é regida por uma estrela solitária do egoísmo e egocentrismo, que está no trono ditatorial há 10 anos, através do Partido do Trabalhadores, justamente aquele que pregava aos quatro cantos deste Brasil varonil sua “luta” contra o desemprego, o desrespeito generalizado ao profissional, bem como promovia e liderava as greves contra o congelamente e redução dos salários, as discriminações, a degradação das condições de trabalho, o aumento da jornada de trabalho e a redução do período de férias e as demais práticas que afrontam os preceitos de nossa Constituição.
É muita falta de dignidade e respeito com o servidor público federal, pois eles não estão querendo nada além do têm direito; só estão buscando a equiparação com outras carreiras, uma vez que já são cinco anos sem reajuste, podendo concluir os funcionários do Judiciário, mostram claramente a indignação em torno da resistência do governo Dilma.
Conforme o diretor da Fenajufe, Marcos Santos: "Nenhuma categoria sobrevive sem aumento e já que há cinco anos não temos reajuste, a saída é a paralisação. Fazer greve não é bom pra gente, nem para a sociedade, mas é o instrumento de força que temos e não há outra saída".
Como diz o ditado popular: “Se resta somente a greve, isto é grave!”