Tenho me dedicado em meu tempo livre a estudar sobre estratégias de guerra, política, articuladores, articulistas, influências e influenciadores.
Nesta última semana, debrucei-me em estudar Sun Tzu, o autor do livro “Arte da Guerra”, que assim como o Príncipe, de Maquiavel, e outras obras políticas clássicas, continua a exercer influência nos dias atuais.
Um fato não podemos negar, sob qualquer ângulo que analisemos: política e guerra são duas atividades humanas muito próximas, como bem expressou Carl von Clausewitz (historiador e teórico militar) ao afirmar que “A guerra é a continuação da política por outros meios”.
“Estamos em guerra”, este é o termo que se aplica perfeitamente ao momento atual, devido à pandemia e crise econômica/financeira que assola o planeta.
Mais do que nunca, os desafios que eram previstos há um ano, tiveram que ser modificados, adaptados, e uma “guerra” nos alcançou de forma repentina, tornando necessário repensar em uma nova realidade, enfrentá-la com criatividade e estratégias foram necessárias ser postas em prática para garantir resultados.
Os campos de “batalha” surgiram nos quatro cantos do planeta diante de inimigos invisíveis e mortais, sendo preciso convocar “soldados cujas armas que poderiam usar eram somente o conhecimento, a dedicação e o amor à própria vida.
Muito se aprende ao ler as lições de Sun Tzu, assim como os conselhos de Maquiavel para a guerra, quando redefinidos para uso em uma pandemia, principalmente quando esta assume uma natureza política.
Diz Sun Tzu, em seu livro, que vitória ou derrota em uma guerra depende de estratégia e tática, afirmando que “proteger-nos contra a derrota está em nossas mãos, mas a oportunidade de derrotar o inimigo é proporcionada pelo próprio inimigo”, ou “que vence a batalha quem não comete erros. Não cometer erros é o que estabelece a certeza da vitória, pois significa derrotar um inimigo que já está derrotado” (… porque ele cometerá os erros).
Sabemos que erros acontecem e são inevitáveis, mas o que devemos buscar é errar pouco, errar em questões menos importantes e, sobretudo, manter sempre a possibilidade de corrigir o erro cometido.
Estamos perdendo vidas e mais vidas diariamente! Não dá para fechar os olhos e não ver que estamos em um campo de batalha. É guerra e precisamos do esforço de cada um de nós para vencer este terrível inimigo, sendo a primeira estratégia fazer um pacto pela vida, travando uma guerra contra a aglomeração.
Marco Antônio de Figueiredo - Articulista e Advogado - marcoantonio.jm@uol.com.br
