Já escrevi neste espaço sobre a visão que tenho sobre pré-candidatos e hoje vou falar sobre elas, as mulheres e a política.
Sabemos que é fundamental que as mulheres participem da vida política, na administração do seu bairro, da sua cidade, do seu estado e da sua nação.
A luta para ocupar um espaço na política, por parte das mulheres, vem desde o Império, quando, em 1880, a dentista Isabel de Mattos Dillon recorreu à Justiça para requerer seu alistamento eleitoral.
Somente em 1905, três mulheres conseguiram se alistar e votar em Minas Gerais, e em 1928, o Brasil elegeu sua primeira prefeita: Alzira Soriano de Souza, na cidade de Lages, no Rio Grande do Norte.
O voto feminino só se tornou um direito nacional em 1932, mas, aos poucos, as mulheres foram conquistando cargos que, até então, eram exclusividade masculinos, chegando a eleger, em 1933, Carlota de Queirós como a primeira deputada federal do País.
Aqui, pelas bandas do “Sertão da Farinha Podre”, infelizmente com raríssimas exceções, o machismo, de forma geral e respingando também na área política, impõe que os homens devem ser firmes, competitivos e duros, enquanto as mulheres devem tratar do lar, das crianças, das futilidades, devendo sempre adotar os papéis de submissão.
Pude observar nas redes sociais, em uma página que menciona prováveis pré-candidatos à Câmara Municipal, nome de algumas mulheres que certamente seriam expoentes e de fundamental importância para nossa sociedade.
Duas delas me chamaram a atenção de forma incisiva: Marcia Moreno e Luciene Fachinelli. Ambas sabem e vivem a identidade da mulher moderna, que confronta com esse mundo instável e em crise de valores.
São mulheres preparadas, que sabem o que quer, o que fazer, o que sentir e pensar, de como viver uma vida significativa e plenamente realizada.
Ambas seriam dignas de ser nossas representantes na Câmara, sendo não só uma luz no fim do túnel, mas uma claridade solar de meio-dia de verão, sendo uma oportunidade de escolhas, trazendo à cena a possibilidade de que nem tudo está perdido no cotidiano municipal.
Tanto Márcia quanto Lu possuem experiências administrativas; são independentes, sabem muito bem como são as leis do mercado político, inclusive nas relações com os intocáveis do sexo masculino.
Não aceitam ser escolhidas, impondo com galhardia o direito de escolha com as exigências de quem também detém o poder feminino em suas mãos.
Outros nomes também merecem ser observados, mas as supostas pré-candidatas Lu Fachinelli e Márcia Moreno são nomes que muito podem fazer por Uberaba, pois tenho certeza absoluta de que jamais aceitariam falcatruas, suborno ou submissão por parte de seus pares, lutando sempre pelo bem de nossa Uberaba.
(*) Articulista e advogado