Já passou o Carnaval, o Halloween, mas ainda perdura o grande baile de máscaras na política da Sucupira do Triângulo.
No meio do salão estão os eleitores que votam pelas aparências sem saber o que o político A ou B tem a oferecer de melhor para o município.
Enquanto isso, os “mascarados” tocam a sinfonia da enganação nas redes sociais e hipnotizam alguns como um passe de mágica.
Em meio a este cenário de mascarados de todas as estirpes, encontramos aqueles que se julgam cérebros pensantes, grandes coordenadores e capitães de vários Titanics, abarrotados daqueles que brigam por um “carguinho” no palácio do condado sucupirense.
Nessa guerra insana o que mais vemos é o desespero daquelas velhas raposas e lobos sanguinários se passando por cordeiros, com medo de perder o poder, arriscando de vez o resto de reputação, confiança e carisma que lhes restam.
A chamada situação tenta mostrar o que poderia ter feito, onde elaborou projetos e corre para mostrar que pelo menos aos 49 minutos do segundo tempo, está tentando inaugurar a pedra fundamental de intenção em construir.
Outros, dentro de um caminhão com o motor fervendo de tanto peso, limitam-se a reclamar do que não tenha sido feito e a oferecer promessas mirabolantes.
Registram-se pesquisas das mais variadas conjecturas e ajustamentos, visando convencer a população como se gado fossem.
Brotam propagandas nesta reta final onde a verdade é secundária, ainda que desmascarada. O desespero faz com que aqueles que estão despencando no apoio dos eleitores insistam nas mentiras, acreditando que podem ser politicamente devastadoras.
Raros são aqueles que preservam a reputação e o carisma que resultam de intrincado processo de construção que envolve, fundamentalmente, a coerência.
Para o eleitor, o candidato ou candidata que respeita e insiste em apresentar seus projetos, é respeitado e está vitalmente associado à previsão do que será capaz de fazer e do que em hipótese alguma virá a fazer, terá sua confirmação nas urnas.
É esta riqueza moral que estamos vendo ser intangível por determinados candidatos que buscam sacudir, intimidando eleitores sob sua dependência e tutela, funcionários de aliados do candidato e partidos coligados.
Vejo com tristeza e indignação atos de pessoas até então consideradas justas e honradas, buscando reduzir a democracia, obrigando subordinados a inalar sob assédio, a firmarem que terão que votar em A ou B, sob pena de perderem seus cargos e funções.
E nesse ambiente “lusco-fusco” dessas eleições, acreditem, vencerá nas urnas quem prima pela reputação e carisma, pois todos nós estamos cansados dessa sujeira vergonhosa que se tornou a política, nos quatro cantos do Brasil.
Marco Antônio de Figueiredo- Advogado e Articulista
Pós-graduado em Ciência Políticas pela UFSC
Marcoantonio.jm@uol.com.br