ARTICULISTAS

Eleições 2020

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 11/11/2020 às 19:23Atualizado em 19/12/2022 às 06:02
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Já passou o Carnaval, o Halloween, mas ainda perdura o grande baile de máscaras na política da Sucupira do Triângulo.

No meio do salão estão os eleitores que votam pelas aparências sem saber o que o político A ou B tem a oferecer de melhor para o município.

Enquanto isso, os “mascarados” tocam a sinfonia da enganação nas redes sociais e hipnotizam alguns como um passe de mágica.

Em meio a este cenário de mascarados de todas as estirpes, encontramos aqueles que se julgam cérebros pensantes, grandes coordenadores e capitães de vários Titanics, abarrotados daqueles que brigam por um “carguinho” no palácio do condado sucupirense.  

Nessa guerra insana o que mais vemos é o desespero daquelas velhas raposas e lobos sanguinários se passando por cordeiros, com medo de perder o poder, arriscando de vez o resto de reputação, confiança e carisma que lhes restam.

A chamada situação tenta mostrar o que poderia ter feito, onde elaborou projetos e corre para mostrar que pelo menos aos 49 minutos do segundo tempo, está tentando inaugurar a pedra fundamental de intenção em construir.

Outros, dentro de um caminhão com o motor fervendo de tanto peso, limitam-se a reclamar do que não tenha sido feito e a oferecer promessas mirabolantes.

Registram-se pesquisas das mais variadas conjecturas e ajustamentos, visando convencer a população como se gado fossem.

Brotam propagandas nesta reta final onde a verdade é secundária, ainda que desmascarada. O desespero faz com que aqueles que estão despencando no apoio dos eleitores insistam nas mentiras, acreditando que podem ser politicamente devastadoras.

Raros são aqueles que preservam a reputação e o carisma que resultam de intrincado processo de construção que envolve, fundamentalmente, a coerência.

Para o eleitor, o candidato ou candidata que respeita e insiste em apresentar seus projetos, é respeitado e está vitalmente associado à previsão do que será capaz de fazer e do que em hipótese alguma virá a fazer, terá sua confirmação nas urnas.

É esta riqueza moral que estamos vendo ser intangível por determinados candidatos que buscam sacudir, intimidando eleitores sob sua dependência e tutela, funcionários de aliados do candidato e partidos coligados.

Vejo com tristeza e indignação atos de pessoas até então consideradas justas e honradas, buscando reduzir a democracia, obrigando subordinados a inalar sob assédio, a firmarem que terão que votar em A ou B, sob pena de perderem seus cargos e funções.

E nesse ambiente “lusco-fusco” dessas eleições, acreditem, vencerá nas urnas quem prima pela reputação e carisma, pois todos nós estamos cansados dessa sujeira vergonhosa que se tornou a política, nos quatro cantos do Brasil.

Marco Antônio de Figueiredo- Advogado e Articulista

Pós-graduado em Ciência Políticas pela UFSC

Marcoantonio.jm@uol.com.br

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