Na sexta-feira participei de uma belíssima solenidade promovida pela Câmara Municipal de Uberaba homenageando bravos Guardiões da Sociedade, para receberem, merecidamente, uma medalha que nossa cidade lhes conferia.
Foi uma solenidade ímpar e cheia de emoção, com discursos curtos e objetivos, feitos por aqueles que legislaram para criação desta honraria, como daqueles que a receberam. No entanto, ao ouvir, com muita atenção, o discurso do vereador Edcarlo dos Santos Carneiro (Kaká), assim como o pronunciamento do tenente-coronel Rubem da Cruz, da 8ª Cia do Corpo de Bombeiros de Uberaba, recebendo os aplausos, de pé, de todos os presentes, meus olhos não obedeceram ao comando de não derramar lágrimas de emoção.
Kaká, em seu belíssimo discurso, descreveu a história da 8ª Cia de Bombeiros, desde sua instalação em 1966, exaltando os incomparáveis trabalhos aqui prestados e em toda parte do Planeta Terra, durante estes 50 anos.
Peço licença aos demais homenageados, mas dedico hoje este artigo a estes heróis uberabenses, pelo Jubileu de Ouro por serviços prestados, pois ser Bombeiro é mais que uma profissão é, sem dúvida, uma vocação em proteger a vida.
Sabemos que não existe nada mais nobre que salvar vidas e estes Guardiões incansáveis se dedicam de corpo e alma nesta profissão de alto risco.
Ouvi certa vez, de um comandante, aqui mesmo em Uberaba, que ser Bombeiro é acima de tudo proteger a vida; é trabalhar por amor à vida dos outros, é literalmente a exata tradução de “ser humano”.
Faço minhas as palavras de Kaká quando afirmou em seu discurso que vocês, Bombeiros, são nossos heróis, nossos anjos terrestres, que não só nos honram como também sentem amor pela profissão que escolheram.
Sabemos ser um trabalho gratificante, incomparável, que não pode ser medido, pois não tem preço colocar a própria vida em risco para enfrentar o fogo, tempestades, enchentes, rios, represas, animais, montanhas, deslizamentos, enfim todas as estirpes de perigos, em favor da vida de outrem.
No pronunciamento do tenente-coronel Rubem da Cruz, suas palavras deixaram claro que Bombeiros são homens, seres também revestidos de sentimentos, de emoções, que sentem a felicidade por salvarem vidas, mas sofrem quando, apesar dos esforços, não conseguem o êxito desejado. Que mesmo muitas vezes sendo frágeis, são heróis, são guerreiros driblando o tempo, salvando vidas e afastando a morte. São homens que renovam a esperança, pois em cada vida salva toda a “tropa” tem o sentimento do dever cumprido, honra e satisfação de ver nos olhos aliviados de cada ser, a vida brotando novamente.
Com emoção e voz trêmula, o comandante Rubem da Cruz afirmou, em outras palavras que, todos os Bombeiros, em qualquer parte do planeta, estão sempre prontos para qualquer desafio, que cada gesto de proteção é a maior razão do trabalho que fazem e que algum dia pode ser dedicado a qualquer um de nós.
Dois de julho é Dia Nacional do Bombeiro. Deixo aqui, minha homenagem e meu respeito a estes nossos heróis do dia a dia.
Marco Antônio de Figueiredo – Articulista e Advogado