Num tempo não muito distante, a educação “cabia em qualquer lugar”. Hoje não se fala bom dia, boa tarde, ou se você está bem! Hoje os jovens e os ex-jovens nem se cumprimentam.
Num tempo não muito distante, a educação “cabia em qualquer lugar”. Hoje não se fala bom dia, boa tarde, ou se você está bem! Hoje os jovens e os ex-jovens nem se cumprimentam.
Nada contra a globalização, a liberdade, a igualdade e tantas outras conquistas da vida moderna, mas quanto aos princípios fundamentais de convivência social, fico com a opinião da psicóloga drª. Ilcéa Barbosa.
Penso que devido a esta mixagem de liberdade e libertinagem, surgiram os revoltados sem causa, os conflitos de personalidade, a mistura de rebeldia e desrespeito e o contestar por contestar.
O que se viu no “escândalo” espalhado em nível nacional, acontecido no “Sertão da Farinha Podre”, é que devemos agredir a todos com um visual que fuja dos padrões que a sociedade impõe, através do uso e costumes, que devemos mostrar nossa revolta usando cabelo no estilo moicano e colorido, roupas surradas, opondo o consumismo, camisas curtas expondo a barriga ou os seios siliconados, camisetas sujas e “silkadas” com frases de protesto contra os velhos educadores que exigem respeito” às normas existentes.
Afinal, quem não gostaria de ter liberdade ilimitada? Já pensou que delícia se não usasse ternos e gravatas para fazer audiências lá no Fórum, principalmente em Uberaba que o calor escaldante nos martiriza? Afinal, lá em casa andamos de bermuda e sem camisa! Vamos ser “rebeldes”? Que tal irmos para a porta do Fórum e fazer protesto, mandando fotos e releases para todos os jornais do País, “detonando” o Juiz que não permitiu o advogado fazer a audiência de sunga, sem camisa e sandálias havaianas?
Que regra mais tola!!! Estamos no século XXI! Olha a globalização aí!!! Olha o BBB12 permitindo relações sexuais e até prováveis estupros ao vivo e em cores para todos verem!!! Que “cafonice” não permitir que os padres celebrem missa de “cirolão”, que os garçons trabalhem sem camisa, os médicos de sungas, as enfermeiras de biquínis “fio-dental”, os advogados, promotores e juízes de bermudinhas, regatas e sandálias havaianas?! Afinal, que preconceito é este? Vamos infringir regras! Vamos quebrar “tabus”! Vamos modernizar tudo! Vamos transformar todas as praias em nudismo! Vamos radicalizar! Vamos acabar com o preconceito! Vamos rebelar... vamos beijar na boca, nas avenidas... nas farmácias... consultórios médicos... nas igrejas... salas de aula... homens, mulheres... jovens, crianças... idosos... Viva a liberdade!!!
Vamos... Vamos... Vamos todos para o manicômio... pois, se libertarmos dos princípios, normas e regras morais básicas e não mais sabermos onde e como comportarmos, só nos resta o caminho do tratamento psiquiátrico, a base de choque e camisa de força!
Marco Antônio de Figueiredo Advogado e Articulista marcoantonio.jm@uol.com.br