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Mudanças...

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 14/07/2021 às 18:59Atualizado em 19/12/2022 às 02:57
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Li certa vez que, na maioria das vezes, este nosso vai e vem em busca de algo que dificilmente descobrimos o que é, mas não paramos para saber, pois queremos somente cumprir a mesma tarefa diária que acaba em uma lesão de esforços repetitivos (LER) da mente, por causa das atividades mecânicas, quando não, inúteis, a que entregamos.

Tais movimentos nos lembram “as idas e vindas das formigas ao longo das árvores, quando elas sobem ao alto do tronco e tornam a descer, para nada”.

Precisamos mudar para não sermos engolidos por esta “areia movediça” tecnológica, esquecendo que nossas ações são realmente úteis e imperiosas, apesar de poucas, quando não, nenhuma reação.

 Estamos em pleno Século 21, uma época conturbada e massacrada pela mídia eletrônica, redes sociais com mensagens em velocidade da luz, onde por todos os lados só se ouve reclamações, queixas, choros, crises, amigos achincalhando amigos por causa de política, a grande maioria incentivando o ódio com imagens mascaradas, nos acorrentando a um progresso pernicioso, devastador e mortal.

Falta muito mais que educação neste mundo poluído... falta cultura, sabedoria e discernimento...

É triste a sensação ao ver, ler e enxergar postagens de lixo inútil carregadas de megalomania triunfante, projetando um monte de esgoto solidificado e empulhado como um monte de tijolos, enfileirados por esta terra de Pedro Álvares Cabral. 

Jamais podemos confundir latrinas na mídia com a literatura de massa, conhecida nos meios acadêmicos como produtos de mau gosto, destinados a um público semiculto e inculto, pois esta tem uma inestimável importância sociológica, que precisa ser pensada, pois possui um peso não menos importante como produto que veicula ideologias. No entanto, constituem uma ponte para o entendimento dos modos de pensar, sentir e emocionar-se do povo.

É tempo de mudanças e tempo de refletir sobre o poema de Clarisse Lispector: “Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Procure andar descalço alguns dias. Veja o mundo de outras perspectivas. Assista a outros programas de TV, compre outros jornais... leia outros livros. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Tente o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito... A nova vida. Tente”!!!

Marco Antônio de Figueiredo - Articulista do Jornal da Manhã - marcoantonioadv@uol.com.br

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