Dá para imaginar um mundo sem mulheres? O que seria de nosso dia-a-dia sem uma só mulher? Seria possivel encontrar a beleza, o carinho, a delicadeza, o perfume, a vaidade, a fofoca, o ciúme, o aconchego, a TPM, o companheirismo, a fúria, o prazer, a desconfiança, enfim a vida, sem a presença das mulheres? Quem já entrou em um apartamento ou república só de homens, sabe muito bem ou pelo menos poderá ter a deia do caos que representa um mundo exclusivamente masculino. Li há poucos dias, pela internet, uma crônica escrita pela jornalista Marli Gonçalves, onde ela se intitula feminista desde criancinha, mas que no contexto, penso que conseguiu definir o que significa uma mulher neste mundo tão cheio de preconceitos machistas e proibições ao “sexo frágil”, ao afirmar que: “Do nosso peito sai leite. Vertemos sangue. Somos a vida. Mas a violência ainda nos oprime”. Realmente a afirmativa de Marli não deixa margem para defesa masculina ou recursos de agravo ou apelação aos maiores juristas e defensores da supremacia masculina, mediante a indefensável sentença que impõe a regra divina, na qual nem a medicina pode fazer verter leite do peito de uma transformista, ou ainda fazer com que, através de uma cirurgia adaptativa de mudança de sexo, algum ser humano, sangre mensalmente, por cinco ou seis dias, ovulando e sendo capaz de gerar uma nova vida, não sendo mulher. Talvez por ser a própria vida, podemos dizer que as mulheres são a grande contradição de tudo ou até mesmo a antimatéria, o antiefeito, o contragolpe e o resultado da dúvida e da certeza ao mesmo tempo. Realmente, não dá para entender o porquê desta luta incansável da mulher para alcançar a igualdade com o homem, quando na realidade deveria ser exatamente o contrário, ou seja, o homem é que deveria lutar para se igualar à mulher, pois somente assim teríamos um mundo melhor. Sempre ouvimos em nosso dia-a-dia que já é uma grande vitória, por parte das mulheres, chegarem ao patamar de igualdade que garantiu o direito ao voto, ao trabalho e à escolha de que com quem se casar, quando ter ou não filhos, quando na realidade o importante é saber que todos nós devemos rever todas as relações de discriminação e exclusão, lutando para alcançar o respeito das diferenças e potencialidades, com o objetivo de construirmos e escrevermos uma história diferente desta que vivemos neste início do século XXI, abominando qualquer forma de discriminação e preconceito. Para encerrar, devemos ter a consciência de que na sabedoria divina, foi criado o homem e a mulher, deixando bem claro, como afirma o poeta Victor Hug “O homem está colocado onde termina a terra e a mulher onde começa o céu”.