Neste carnaval... bandeira branca!

Hoje começa a semana de carnaval, anunciando que o ano de 2012 está para iniciar aqui nesta terra de encantos mil, com gente que se diz pré-candidato correndo por todos os lados à procura de uma oportunidade para escrever alguma coisa nos jornais, falar nas rádios ou ser entrevistado em algum programa de TV. Não importa como agir, mas tem que se fazer visível mesmo de forma ridícula e descabida.

É carnaval por isto, vamos sambar e cantar. Estresse? Nem pensar! Contestar? Pra quê? Discutir e rebater? Não! Definitivamente, não! Agora é hora de levantar “bandeira branca, amor... queremos paz...” e mesmo perturbados com o “plac..plac..plac” do “bloco dos sujos, que vai batendo na lata, naquela alegria barata, vamos brincar, pois carnaval é assim”.

Neste carnaval o calor amistoso que invade o coração é tão grande, que estamos preocupados em sermos acusados pelo MP do meio ambiente, como responsáveis pelo derretimento da calota polar.

De longe, no embalo dos ti-ti-tis dos bastidores dos partidos totalmente trincados, vemos e ouvimos sons desconexos que certamente vão se misturar com aqueles que estão atrás do trio elétrico, pois quem ainda não botou pra rachar, deve aprender que o certo é andar “do outro lado, do lado de lá, do lado que é lá do lado de lá”.

Enquanto alguns vibram ao ver o eleitor literalmente sambar, outros batem seus tambores e cantam, “daqui não saio! daqui ninguém me tira!”; deixando todos a pensar “onde eu vou ficar nesse mundo de ninguém”, onde caciques pensam “que cachaça é água” e vão se reunindo dia após dia cantarolando sua marchinha oficial: “Eu mato... eu mato... quem roubou minha cueca” recheada de propina.

Para descansar e aproveitarmos estes dias de carnaval vamos observar que dentre os caciques que se enrolam no salão, “vem o Seu Doutor, sem o Seu Zé e Seu Mané, comandando o batalhão, enquanto o macaco vem sentado na corcunda do Leão”. Vamos manter a calma senão vamos chamar o “Seu Guarda” para botar pra fora deste baile, este “moço” que já está brincando com “santinhos” no bolso.

No canto do salão certamente vamos ouvir os “cochichos” e as discussões mais acaloradas de que para o Promotor e para o Tribunal, “foi ele, foi ele sim”, que quis aparecer de maneira sem fim.

Com este calor de Alláh lá ô... que castiga o deserto da farinha podre, é melhor ir para “Maracangalha”, pedindo para abrir alas, pois quero passar, antes que alguém neste “balancê-balancê”, que o eleitor sabe-sabe, conhece bem, aparece pedindo, “hei você aí, me dá um dinheiro aí”.

Assim vamos brincar, pois afinal, começou o carnaval!