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“O Estado Cleptocrático”

Numa avaliação neutra, posso afirmar que as decisões políticas foram voltadas para o próprio umbigo daqueles que têm mandato

Marco Antônio de Figueiredo
Publicado em 11/12/2017 às 07:48Atualizado em 16/12/2022 às 08:19
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 “O Estado Cleptocrático”

Chegamos ao final de mais um ano. É época de sentimento de paz interior e de fazer uma análise política. Numa avaliação neutra, posso afirmar que as decisões políticas foram voltadas para o próprio umbigo daqueles que têm mandato.

Foi feita uma política com “p” minúsculo, insignificante, onde os conchavos levaram a maioria do Congresso Nacional a uma revolta do povo, com a nova lei trabalhista, a permanência de um denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Presidência do País, dos agentes corruptos, dos “petrodólares”, dos “pizzaiolos” nas comissões de ética, dos defensores do chefe da quadrilha, conforme denunciado pela Procuradoria-Geral da União.

Se formos analisar de forma minuciosa, estamos no chamado “Governo do Crime Organizado” ou “Estado Cleptocrático sem Direito”, que segundo doutrinadores “é a sinistra associação objetiva de criminosos formais de toda a espécie, como membros dos poderes, para a prática de ações delituosas. Os bandidos utilizam a corrupção para atingir seus fins.

No “Estado Cleptocrático”, o crime organizado utiliza a corrupção, a violência e as sutilezas ideológicas como instrumentos de dominação da sociedade. Em sua origem grega, a palavra Cleptocracia, significa, literalmente, "Estado governado por ladrões".

O Brasil está corroído pela ganância deslavada e isto na visão das “otoridades” municipais, estaduais e federais, é mero joguete na luta ensandecida pelo poder.

O que é preciso fazer para mudar? Precisamos desconstruir e construir algo dentro da moralidade. É inadmissível ficarmos quietos diante dos políticos que elegemos como “guardiões da ética e da vontade popular”, mas somente se lambuzam no dinheiro público, agindo em “causa própria”, recebendo emendas visando a reeleição. Vamos fazer a mudança não votando em quem tem mandato ou ocupa cargo de confiança.

No Brasil, a maioria de quem tem mandatos eletivos, locupleta-se do dinheiro público através de passagens aéreas pagas pelo povo, dos apartamentos funcionais, cartões corporativos, da falta de ética, das propinas e “emendas parlamentares” no toma lá dá cá, que transformam os políticos em verdadeiros marajás, enquanto padecemos na falta de estradas, de segurança, educação e saúde.

Não sei onde vou chegar com as denúncias e as batalhas que travo, mas vou continuar usando as armas que possuo, por acreditar que sempre podemos nos superar e perseguir uma vida sem hipocrisia, na esperança de deixar um Brasil melhor para todos os cidadãos honestos e amantes deste rincão tupiniquim.

Como começar uma mudança? Basta revolucionar os conceitos hoje existentes, enxergando a podridão que assola o País e principalmente, não votando em quem tem mandato.

Como afirma meu amigo Eng. José Ribeiro Miranda, “muda que o Brasil muda”.

Marco Antônio de Figueiredo – Articulista e advogado

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